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Lucro líquido das estatais recua 24% no primeiro ano do governo Lula

Petrobras, Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal e Correios viram seu lucro líquido conjunto cair para R$ 182 bilhões em 2023

Por Luana Zanobia Atualizado em 8 Maio 2024, 13h38 - Publicado em 1 abr 2024, 11h39
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  • No primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as estatais federais uma queda em seus resultados financeiros. As principais empresas controladas pelo governo — Petrobras, Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal e Correios — viram seu lucro líquido conjunto cair para 182 bilhões de reais em 2023, uma queda de 24% em relação ao ano anterior.

    A queda nos lucros é explicada principalmente pelo desempenho da Petrobras, que registrou uma queda de 33% em seu lucro, para 124,6 bilhões de reais, e do BNDES, que teve um resultado 5% menor, chegando a 11,9 bilhões de reais. Em contrapartida, o Banco do Brasil e a Caixa apresentaram resultados mais favoráveis, com um aumento de 11,3% e 15,5%, respectivamente.

    As razões por trás desses resultados variam de acordo com cada empresa. A Petrobras atribuiu a queda ao declínio nos preços do petróleo no mercado internacional, além de margens menores na venda de derivados e maiores despesas operacionais. No caso do BNDES, a base de comparação foi prejudicada pela venda de ações em 2022, uma estratégia que não se repetiu em 2023. Enquanto isso, Banco do Brasil e Caixa destacaram melhorias em suas margens financeiras e controle da inadimplência como fatores-chave para seus resultados positivos.

    Entretanto, algumas empresas como os Correios enfrentam problemas crônicos de gestão, refletidos em um déficit projetado de 274 milhões de reais para o ano. O governo anterior, liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, planejava privatizar os Correios, mas a proposta foi abandonada com a posse de Lula.

    Analistas expressam preocupação com a transparência na administração das empresas e seus investimentos. Com a suspensão de parte da Lei das Estatais, as indicações políticas nos cargos de direção tornaram-se mais frequentes, aumentando a incerteza sobre o futuro dessas empresas. Além disso, o mercado aponta que os números divulgados acendem luzes de alerta sobre as estatais devido à falta de transparência na administração das empresas e em seus investimentos após o governo deixar de publicar o Boletim das Empresas Estatais Federais, que fornecia dados trimestrais sobre suas finanças e operações.

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