A Eletrobrás registrou lucro líquido de 56 milhões de reais no primeiro trimestre, uma retração de 96% sobre o 1,378 bilhão de reais em igual período do ano passado. No critério gerencial, a queda foi de 22%, para 429 milhões de reais.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou 1,244 bilhão de reais, queda de 70%, enquanto o indicador gerencial recuou 41%, para 880 milhões de reais no primeiro trimestre. A receita líquida, por sua vez, diminuiu 3%, para 8,593 bilhões de reais, ao passo que no critério gerencial subiu 6%, para 7,064 bilhões de reais.
O resultado financeiro líquido da Eletrobras foi uma despesa de 7 milhões de reais, bem menor que a despesa de 1,099 bilhão de reais anotada no primeiro trimestre de 2017.
A estimativa é que nos últimos cinco anos, a companhia acumula prejuízo de cerca 28 bilhões de reais.
A privatização da Eletrobrás foi anunciada como uma das prioridades do governo do presidente Michel Temer, mas enfrenta grande resistência no Congresso Nacional.
Além disso, na semana passada a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adotou posição contrária às emendas parlamentares incluídas na Medida Provisória 814/2017, a MP que trata da venda das distribuidoras da Eletrobrás.
Em ofício encaminhado a parlamentares, o diretor-geral da agência, Romeu Rufino, enumera uma série de “jabutis” que, se passarem pelo Congresso, terão efeito direto na conta do consumidor. O texto original da MP 814 recebeu 158 emendas parlamentares.