Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Injeção de R$ 1,2 tri garante tranquilidade na crise, diz presidente do BC

Medidas servem para garantir recursos para que empresas consigam atravessar o período de isolamento

Por Reuters Atualizado em 4 jun 2024, 14h24 - Publicado em 23 mar 2020, 16h43
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, nesta segunda-feira, 23, que a instituição tem grande arsenal para fazer frente a qualquer tipo de crise, ao comentar o potencial destrutivo da economia do novo coronavírus. A fala foi feita após a divulgação de medidas e ações em estudo que, juntas, implicam uma injeção de 1,2 trilhão de reais no sistema financeiro nacional.

    Em entrevista coletiva realizada por videoconferência, Campos Neto defendeu que o sistema financeiro brasileiro é sólido e está habilitado para “funcionar perfeitamente”. Ele disse ainda que o BC “está absolutamente tranquilo” e disponível para prover o incentivo que for necessário.

    ASSINE VEJA

    A guerra ao coronavírus
    A guerra ao coronavírus A vida na quarentena, o impacto da economia, o trabalho dos heróis da medicina: saiba tudo sobre a ameaça no Brasil e no mundo ()
    Clique e Assine

    “A gente está falando mais ou menos de 16,7% do PIB (Produto Interno Bruto), comparando com o que foi feito em 2008, que foi 3,5% do PIB”, disse Campos Neto. “O que nós estamos querendo passar é que nós temos uma ampla capacidade de atuação. O que já foi feito e o que está sendo anunciado hoje representa o maior plano de injeção de liquidez da história do país.”

    O presidente do BC avaliou que a crise desta vez vem da economia real, diferentemente da de 2008, que decorreu de grande movimentos de especulação financeira, gerando uma percepção de que os bancos como um todo tinham problemas. Agora, a turbulência econômica desencadeada pelo coronavírus é “totalmente diferente”, sem problemas identificados nos balanços das instituições, frisou.

    Continua após a publicidade

    O BC enxergou a crise “em ondas”, disse Campos Neto, indicando que inicialmente o temor era de que ela iria atrapalhar a produção de bens, especialmente em grandes centros afetados, como China, Coreia e Estados Unidos. Como a avaliação era de que a economia brasileira é relativamente fechada, o efeito no país acabaria menor.

    Numa segunda onda, entretanto, o BC passou a antever forte impacto na área de serviços por conta das quarentenas, com um efeito indireto também importante, ligado à redução da renda e dificuldades maiores na obtenção de crédito por parte da população. “Só as perdas na bolsa somam 1,6 trilhão de reais”, afirmou Campos Neto.

    A injeção de recursos na economia brasileira, de acordo com o presidente do BC, se dá para garantir o provimento de fluxo de caixa às empresas para que atravessem o período de isolamento imposto para frear a disseminação do vírus. Campos Neto argumentou que essa nova dinâmica de distanciamento social quebrará cadeias produtivas e impactará fortemente o setor de serviços, que representa 63% do PIB brasileiro. Por isso, o BC também está estudando medidas para assegurar o direcionamento do crédito para pequenas e médias empresas, partindo do pressuposto de que elas sofrerão mais.

    Continua após a publicidade

    Sobre o câmbio, Campos Neto ressaltou durante a coletiva que a moeda é flutuante, mas que a autoridade monetária também tem arsenal grande nessa área do qual pode lançar mão se entender necessário. “Temos um poder de intervenção muito amplo”, disse.

     

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.