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Inflação volta a acelerar em setembro, pressionada pela alta da energia e dos alimentos

Índice registrou alta de 0,44%, em linha com a expectativa do mercado. No mês anterior, IPCA teve deflação de 0,02%

Por Camila Pati Atualizado em 9 out 2024, 12h18 - Publicado em 9 out 2024, 09h26
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  • Economia - energia elétrica - apagão - luz
    Torres de transmissão de energia elétrica - 15/07/2017 (Reinaldo Canato/VEJA.com)

    Impulsionado em grande parte pelos aumentos nas contas de energia elétrica, com a mudança na bandeira tarifária, e nos preços de alimentos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro foi de 0,44%, após a leve deflação registrada em agosto. Segundo o IBGE, o resultado do IPCA em setembro  ficou 0,46 ponto percentual acima da taxa de agosto (-0,02%). O indicador veio em linha com a expectativa do mercado, que esperava uma variação de 0,45% no mês.

    No ano, o IPCA acumula alta de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%, acima dos 4,24% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. A inflação acumulada se aproxima do teto da meta, que é de 4,5% para este ano. 

    A maior alta observada foi dentro do grupo de habitação, que subiu 1,80%, puxado pela energia elétrica residencial, que passou de -2,77%, em agosto, para 5,36%, em setembro, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1. Houve aumentos nas tarifas de energia elétrica em várias cidades, como Porto Alegre (7,01%) e Vitória (6,79%), com algumas reduções em São Luís e Belém. As tarifas de água e esgoto também subiram, com Fortaleza registrando o maior aumento (8,05%). No setor de habitação, o preço do gás de botijão aumentou 2,40%, enquanto o gás encanado teve reajustes variados, com alta de 2,77% no Rio de Janeiro e uma leve queda de 0,25% em Curitiba, devido a mudanças na cobrança por faixa de consumo.

    Além do grupo habitação, que respondeu sozinho pelo aumento de 0,27 ponto percentual, o grupo de alimentação e bebidas acelerou 0,50% em setembro e contribuiu com 0,11 ponto percentual no resultado mensal. Segundo o IBGE, a alimentação em casa ficou 0,56% mais cara, interrompendo dois meses seguidos de quedas. Entre os itens que mais subiram, destacam-se o mamão, que teve uma alta de 10,34%, a laranja-pera, com aumento de 10,02%, o café moído, que subiu 4,02%, e o contra-filé, com alta de 3,79%. Por outro lado, alguns itens ficaram mais baratos, como a cebola, cujo preço caiu 16,95%, o tomate, com queda de 6,58%, e a batata-inglesa, que também registrou redução de 6,56%.  Os demais grupos ficaram entre -0,31% de despesas pessoais e 0,46% de saúde e cuidados pessoais.

    No setor de transportes, os preços subiram 0,14%, principalmente por causa do aumento das passagens aéreas, que subiram 4,64%. Já os combustíveis tiveram uma leve queda: a gasolina caiu 0,12%, e o diesel, 0,11%. Por outro lado, o etanol ficou 0,75% mais caro, e o gás veicular subiu 0,03%.

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    Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de agosto a 27 de setembro de 2024 (referência) com os valores vigentes no período de 30 de julho a 29 de agosto de 2024 (base). 

    “O resultado do IPCA de setembro veio em linha com nossas expectativas de 0,45%, impulsionado principalmente por energia, que foi um fator que havia puxado o IPCA de agosto para baixo”, diz Marcos Moreira, sócio da WMS Capital. Ele ressalta que os riscos de inflação ainda são elevados, principalmente devido ao mercado de trabalho, que tem a menor taxa de desemprego da última década. Isso aumenta a pressão salarial, o que pode dificultar a redução da inflação para o centro da meta ou o realinhamento das expectativas futuras dentro de um horizonte de 18 meses.

     

     

     

     

     

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