O encontro anual dos Brics, bloco econômico entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, será na próxima quarta-feira, 23, em Joanesburgo, na África do Sul. Criado em 2011, o Brics atua para construir uma agenda de cooperação em diversos setores.
Apesar de a cúpula com chefes de estado acontecer no dia 23, a agenda do conselho empresarial começa no dia 19, com reuniões de alinhamento presenciais entre os integrantes do Conselho Empresarial do Brics (Cebrics). O objetivo, ao final, é que o Cebrics consolide e entregue aos chefes de Estado um documento com recomendações dos setores privados dos países envolvidos. “O Brasil reúne grandes condições para atrair cada vez mais investimentos internacionais. A revitalização da indústria no Brasil é relevante por este ser o setor que mais move o desenvolvimento da economia pela inovação e pelo avanço tecnológico”, afirma o presidente eleito da CNI, Ricardo Alban, que lidera a missão empresarial brasileira para o evento na África do Sul.
O Cebrics auxiliou no apoio para instalar escritórios regionais do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) na África do Sul, em 2017, e no Brasil, em 2019. Também produziu um relatório sobre barreiras não tarifárias e cooperou para o desenvolvimento de ferrovias entre Rússia, Índia e África do Sul. A lista de prioridade passa por estabelecimento de acordo multilateral de serviços aéreos, colaboração para o desenvolvimento de fertilizantes e investimentos em portos de pequeno porte, ferrovias e transporte marítimo de curta distância, entre outros.
O comércio bilateral dos países do Brics com o Brasil é de 177,8 bilhões de dólares. O país tem a China como primeira parceira comercial e a Índia, a Rússia e a África do Sul, respectivamente, no 5º, 14º e 42º lugar do ranking. Além disso, em 2020, quase 400 empresas do bloco econômico operavam no Brasil.