O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 12, que as propostas da equipe econômica para a reforma do Imposto de Renda estão nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o ministro, foram apresentados, entre outras propostas, alguns cenários para que o presidente possa cumprir uma de suas promessas eleitorais, que é elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para R$ 5.000. O valor atual é de dois salários mínimos (R$ 2.824).
“O presidente encomendou da área da Fazenda estudos que permitissem chegar ao último ano do seu governo à cifra de R$ 5.000, e nós apresentamos para ele alguns cenários”, relatou Haddad, no programa Bom dia, ministro, do CanalGov. “Nós temos um tempo relativamente longo para aprovar a medida, e os cenários todos preveem a possibilidade de cumprimento dessa proposta.”
Haddad afirmou que Lula ainda deve conversar com outros ministros sobre as propostas quando achar “conveniente”, mas avalia que é ao menos um dos caminhos “promissores do ponto de vista econômico e político.”
A mudança não está prevista na proposta de Orçamento de 2025, enviada pela Fazenda ao Congresso em agosto. Desse modo, uma eventual reforma de renda deve ficar para 2026, último ano de mandato deste governo.
Super-ricos
Na entrevista, Haddad disse esperar que a proposta de taxação dos super-ricos seja aprovada na cúpula de chefes de Estado do G20, que ocorrerá no fim deste ano, no Rio de Janeiro. O ministro ponderou, entretanto, que criar essa taxação não é simples e exige coordenação entre os países. “Nós levamos para o G20 para que esse imposto sobre riqueza seja um tributo cobrado internacionalmente.”