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Guedes diz que, para o país crescer, é necessário abrir a economia

Segundo o ministro da Economia, por "odiar competição", país perde oportunidades de ter mais empresas e gerar mais empregos

Por Larissa Quintino Atualizado em 21 jan 2020, 12h42 - Publicado em 21 jan 2020, 12h15
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  • O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira, 21, que o caminho para aumentar empregos e diminuir a desigualdade no Brasil é abrindo o país para competição. Segundo ele, quem quer comprar uma casa tem poucas empresas disponibilizando o serviço, assim como há seis grandes bancos concentrando crédito e serviços financeiros. Citando como exemplo a compra de uma casa, ele disse que há poucas empresas prestando o serviço e seis grandes bancos concentrando os recursos para o financiamento. “Há cartel em todo o lugar. “Exploramos” 200 milhões de pessoas porque nós não gostamos do capitalismo. Odiamos competição”, afirmou durante a participação em um painel no Fórum Econômico Mundial, na Suíça, que tratava da situação da América Latina.

    Guedes afirmou que a economia brasileira está retomando o crescimento por investimentos privados, já que o governo vem diminuindo seus gastos públicos e que, a intenção, é abrir mais o país para o mercado internacional, trazendo investimento que possa gerar empregos. Pouco antes, em conversa com jornalistas, o ministro da Economia afirmou que o Brasil deve assinar um acordo internacional que permite que empresas estrangeiras participem de licitações de obras públicas.

    Crescimento

    Segundo o ministro, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 2,5% em 2020 – acima da previsão divulgada na última semana por sua pasta, que projeta 2,4% para a economia.  Segundo ele, isso acontece porque o governo Bolsonaro está  “removendo os arpões que travavam o crescimento” do país, citando o descontrole fiscal. Segundo ele, ao retirar esses ‘arpões’, o país pode crescer 4% em 2022, último ano da gestão Bolsonaro.

    De acordo com o ministro, o país alterou seu mix econômico para aumentar a participação do setor privado na economia.  “O mix sempre foi com o lado fiscal solto e o monetário preso e, agora, é com o lado fiscal preso e o monetário, solto”, afirmou. Para apertar o cinto dos gastos públicos, o ministro comemorou a aprovação reforma da Previdência. Segundo Guedes, é um sinal de maturidade do país que as pessoas tenham ido às ruas para aprovar as mudanças que, segundo ele, eram uma fábrica de privilégios.

    Segundo o ministro, agora a prioridade deve ser aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos gatilhos emergenciais, garantindo aos governos regionais e ao governo federal a possibilidade de congelar a folha de pagamentos dos seus funcionários.  “Atacamos a previdência, atacamos os pagamentos de juros na dívida pública e, agora, a folha de pagamentos”, afirmou.

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