O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu o congelamento de salários de servidores públicos por dois anos por causa da crise do novo coronavírus. A ideia foi debatida pelo ministro com deputados federais da bancada do DEM, durante videoconferência no domingo, 5.
Guedes, que estava estudando corte no salário de servidores — conforme revelou VEJA — disse que a redução do salário não deve prosperar, já que o presidente Jair Bolsonaro é contra a medida. A ideia inicial da equipe econômica era reduzir em 30% o salário de servidores públicos pelo prazo de três meses, para dar melhor fluxo ao pagamento do auxílio emergencial aos informais e desempregados.
Nesse cenário, o ministro disse que o congelamento seria uma alternativa melhor para ajudar nas contas públicas e também em dar exemplo. A videoconferência não foi transmitida ao público e os detalhes foram obtidos pelo jornal O Globo que teve acesso ao vídeo.
Na reunião, os 19 deputados pediram agilidade no pagamento do auxílio emergencial aos informais. Na quinta-feira passada, Bolsonaro sancionou o texto, que libera 98 bilhões de reais a 54 milhões de brasileiros e no dia seguinte, a foi anunciado que a Caixa Econômica Federal é quem irá liderar o endereçamento do dinheiro. Detalhes, como o cronograma de pagamentos, devem sair nesta segunda-feira. Na terça, está previsto o lançamento de um aplicativo para que os informais que não estão na base de dados do governo possam fazer a autodeclaração e conseguir pegar o benefício.
O líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB), disse após o encontro que a conversa focou na desburocratização e simplificação dos procedimentos: “Já temos valores anunciados que são robustos, mas precisam ser liberados, precisam chegar na ponta, precisa transformar linhas de crédito em dinheiro real. A vida dos brasileiros que saber da proteção aos empregos e socorro financeiro as empresas de pequeno porte”, disse o líder. “Linhas de crédito via bancos não funcionam para chegar no pequeno. Hoje existem meios mais modernos e ágeis, como as adquirentes e as empresas das `maquininhas´ , que têm condições de chegar mais próximo e com menos burocracia aos médios, pequenos e micro empreendedores individuais”, ressalta Efraim Filho.
ASSINE VEJA
Clique e AssineOs deputados do DEM também sugeriram que o programa de proteção ao emprego — que permite redução da jornada de trabalho e salários, além da suspensão de contratos — possa ter efeitos retroativos a março e não apenas a partir da publicação da Medida Provisória, publicada no dia 1º de abril.