A produção brasileira de veículos em maio despencou 20,2% sobre abril e recuou 15,3% na comparação com maio do ano passado, impactada pela greve de caminhoneiros, que obrigou o setor a paralisar suas atividades durante vários dias no fim do mês passado.
A indústria produziu 212,3 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus em maio, acumulando nos primeiros cinco meses do ano 1,178 milhão de veículos montados, informou nesta quarta-feira, 6, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Na comparação anual, a produção de carros caiu 14% e a de comerciais leves teve retração de 28%. O segmento de caminhões teve queda de 2% e o ônibus teve baixa de 14%.
“O movimento grevista interrompeu uma sequência de crescimento que vínhamos tendo”, disse o presidente da Anfavea, Antonio Megale, a jornalistas.
As vendas de veículos novos recuaram 7,1% na comparação mensal para 201,9 mil unidades em maio, impactadas também pela greve dos caminhoneiros. Na comparação com maio do ano passado, as vendas subiram 3,2%.
No acumulado de janeiro a maio, as vendas de veículos novos no país subiram 17% sobre o mesmo período de 2017, para 964,8 mil unidades.
“A greve trouxe um impacto forte, acreditamos que foram perdidas 25 mil unidades que poderiam ser licenciadas no período. Deveríamos chegar nas 227 mil unidades emplacadas (em maio)”, disse Megale.
O setor apurou exportações de 1,44 bilhão de dólares no mês passado, queda de 15,1% na comparação com abril e recuo de 2,1% no comparativo anual. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, as vendas externas somam 7,22 bilhões de dólares, alta de 19,5%o sobre o mesmo período de 2017.
As exportações unitárias de todos os segmentos de veículos montados recuaram 17% em maio sobre um ano antes, para 60,75 mil unidades, em meio a dificuldades no transporte dos modelos prontos até os portos exportadores gerada pela greve dos caminhoneiros.