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Governo vai reduzir participação na Eletrobras a menos de 40%

União manterá poder de veto em alguns assuntos estratégicos na Eletrobras mesmo após a privatização da companhia, por meio de uma golden share

Por Reuters
Atualizado em 6 nov 2017, 19h49 - Publicado em 6 nov 2017, 18h00
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  • O governo federal deve reduzir sua participação acionária na estatal Eletrobras a menos de 40% em meio ao plano de desestatizar a companhia. A informação foi dada pelo ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, durante encontro com empresários em Madri, na Espanha, segundo mensagens no Twitter da pasta.

     

    Em vídeo publicado hoje, o presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr., disse que a Eletrobras deverá emitir novas ações no Brasil em meio ao processo de privatização. Os recursos da emissão de ações deverão ser utilizados no pagamento de um bônus ao governo para uma mudança no regime de venda da produção das hidrelétricas mais antigas da companhia, para condições mais vantajosas, em um processo que vem sendo chamado de “descotização”.

    No vídeo postado na página do Ministério de Minas e Energia no Facebook, Ferreira disse que a Eletrobras não teria como pagar esse bônus ao Tesouro se não fosse a oferta de novas ações, que ao mesmo tempo deverá reduzir a participação do governo federal a uma fatia minoritária na empresa.

    “A Eletrobras não dispõe de recursos para participar da ‘descotização’… a democratização do capital da Eletrobras, através da emissão de novas ações no mercado brasileiro, americano e europeu… vai permitir à Eletrobras obter os recursos necessários para fazer frente a esse investimento na descotização”, disse o executivo.

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    Golden share

    A União manterá poder de veto em alguns assuntos estratégicos na Eletrobras mesmo após a privatização da companhia, por meio de uma golden share na empresa, segundo decisão tomada em reunião do presidente Michel Temer com autoridades nesta segunda-feira para discutir a desestatização, disse à Reuters uma fonte do governo.

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    O governo também decidiu não vender diretamente suas ações na elétrica, mas sim diluir sua participação por meio da emissão de novos papéis pela companhia, acrescentou a fonte, que garantiu que não haverá impacto nas tarifas de energia em meio ao processo.

    O Ministério de Minas e Energia anunciou nesta segunda-feira o lançamento da campanha #PorUmaNovaEletrobras, em defesa da privatização, que tem sido alvo de críticas principalmente por sindicatos de trabalhadores da estatal.

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