Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Governo fecha acordo de R$ 3 bi sobre precatórios com Caixa e BB

As administrações dos bancos públicos resistiam em repassar os recursos temendo questionamentos futuros na Justiça; medida vai reforçar as receitas federais

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 25 out 2017, 11h19 - Publicado em 25 out 2017, 11h18
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Depois de uma longa e difícil negociação, o governo fechou ontem um acordo com a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil (BB) que deve aumentar as receitas federais em cerca de 3 bilhões de reais . O dinheiro é parte do montante que o governo deveria pagar a cidadãos após perder processos judiciais (precatórios), e que estava bloqueado pela Justiça.

    Publicidade

    Os valores foram disponibilizados por não terem sido sacados nos últimos dois anos. Uma lei aprovada em julho cancela os precatórios após esse prazo. A liberação total dos valores deve somar 4,7 bilhões de reais, e parte desses recursos já está na conta do governo.

    Publicidade

    As administrações da Caixa e do Banco do Brasil resistiam em repassar os recursos bloqueados temendo questionamentos futuros. Depois de uma reunião de cerca de 40 minutos na Advocacia-Geral da União (AGU), representantes dos dois bancos concordaram em transferir o dinheiro ao Tesouro mediante garantia da União de se responsabilizar por qualquer ação judicial a respeito.

    Continua após a publicidade

    A ministra da AGU, Grace Mendonça, vai publicar uma orientação interna para que todos os advogados da União atuem em todos os casos ligados aos precatórios. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) vai publicar um parecer reunindo avaliações jurídicas de todos os órgãos envolvidos e determinando a responsabilidade jurídica da União nos casos ligados aos precatórios.

    Publicidade

    Participaram da reunião, a ministra da AGU, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, e representantes do Tesouro, dos bancos, da PGFN e da Secretaria de Orçamento.

    Mesmo com o reforço no caixa, o governo ainda não deve decidir por novas liberações no orçamento contingenciado. Somente no envio ao Congresso do ultimo relatório de receitas e despesas do Orçamento de 2017, em 22 de novembro, a equipe econômica tomará uma decisão a respeito. Um eventual desbloqueio amplia automaticamente as emendas parlamentares impositivas – parte do Orçamento que obrigatoriamente é destinada a emendas apresentadas por parlamentares.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    O acordo deu alívio ao Ministério do Planejamento, que pretende fazer um novo desbloqueio das despesas até o fim do ano. A liberação permite ampliar os gastos, mas também tira pressão sobre o Orçamento de 2018. Paralelamente a essa decisão, o governo ainda busca aumentar receitas de última hora para compensar a perda de arrecadação com a retirada de Congonhas do programa de concessões. O governo contava com cerca de 6 bilhões de reais de receita com a concessão.

    Orçamento

    O governo ainda não definiu a data de apresentação da nova versão do Orçamento de 2018. A equipe econômica quer entregar a mensagem na sexta-feira mas há possibilidade de o envio ficar para segunda ou até mesmo na próxima terça-feira, 31.

    Publicidade

    Um dos imbróglios em torno da apresentação da nova proposta é a forma de encaminhamento das medidas econômicas que irão elevar receitas e conter despesas no ano que vem. A equipe econômica quer que elas sejam apresentadas como medidas provisórias (MPs), que têm vigência imediata.

    Continua após a publicidade

    Mas o Planalto quer evitar novos conflitos com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que já reclamou da quantidade excessiva de MPs do Executivo. Por isso, a ala política do governo defende o envio por projetos de lei, que dependerão da boa vontade do Congresso em votar as propostas para só então entrarem em vigor e serem incluídas no Orçamento.

    Publicidade
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.