Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Governo endurece regras para abertura de concursos públicos

Órgãos terão de fornecer dossiê sobre quadro de funcionários para pedir liberação; expectativa é que não haja edital antes da votação da Previdência

Por Larissa Quintino Atualizado em 29 mar 2019, 17h34 - Publicado em 29 mar 2019, 15h12
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que aumenta as exigências para que órgãos federais possam pedir a abertura de concursos públicos. No texto, publicado na edição desta sexta-feira, 29, no Diário Oficial da União, há a exigência de que o órgão apresente ao Ministério da Economia, responsável por autorizar os concursos, ao menos 14 informações para protocolar o pedido de edital. 

    Publicidade

    O órgão que pleiteia as vagas precisa informar, por exemplo, a evolução do quadro de pessoal nos últimos cinco anos, com movimentações, ingressos, desligamentos e aposentadorias, e a estimativa de aposentadorias, por cargo, para os próximos cinco anos. Além disso, é preciso informar o quantitativo de servidores ou empregados cedidos e o número de cessões realizadas nos últimos cinco anos. A medida entra em vigor no dia 1º de junho de 2019.

    Publicidade

    Também será necessário apresentar dados sobre o uso de soluções digitais que evitaram custos com pessoal, mas que não foram suficientes para suprir o déficit de mão de obra, e ainda se eventuais remanejamentos internos ou entre órgãos não foram capazes de resolver as necessidades por força de trabalho. O órgão deve ainda demonstrar se as atividades que justificariam o concurso público não poderiam ser prestadas por equipes terceirizadas. 

    Continua após a publicidade

    O decreto fixa em dois anos a validade máxima dos concursos, prazo que poderá ser prorrogado uma vez, por igual período, caso haja previsão no edital e seja autorizado pelo ministro da Economia.

    Publicidade

    Assim como na regulamentação anterior, o novo decreto estabelece que as propostas de concursos ou quaisquer outras ligadas a pessoal e funcionamento da máquina pública que acarretarem aumento de despesa serão acompanhadas da estimativa de impacto orçamentário e financeiro no exercício em que entrar em vigor e nos dois exercícios subsequentes.

    Segurando gastos

    O endurecimento das regras para concurso é mais uma medida do governo para economizar gastos com pessoal. A VEJA, o secretário de gestão e desempenho de pessoal do Ministério da Economia, Wagner Lenhart, disse que não há a previsão de abertura de nenhum concurso púbico enquanto a reforma da Previdência não for aprovada. 

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    O texto que altera as regras de aposentadorias, pensões e outros benefícios assistenciais está na Câmara dos Deputados e a expectativa do governo é que possa ser votado ainda no primeiro semestre, antes do novo decreto sobre concursos entrar em vigor.

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou anteriormente que o governo não visa a repor mão de obra por causa de aposentadoria de servidores públicos, e sim otimizar os serviços com o uso de tecnologia e meios digitais. A estimativa do próprio ministro é que entre 40% e 50% do funcionalismo se aposente nos próximos anos.

    Publicidade

    Além de não planejar abrir concursos, o governo federal assinou uma medida no início do mês para cortar 21 mil cargos, funções comissionadas e gratificações. Na prática, apenas 159 cargos serão cortados, porém, não haverá demissões porque as vagas já estão congeladas.

    Continua após a publicidade

    (Com Estadão Conteúdo)

    Publicidade
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.