Os governadores de São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul disseram nesta segunda-feira, 3, que não contam com um plano B caso estados e municípios não sejam incluídos na reforma da Previdência. O trio participou de reunião com o relator da reforma na Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB), sobre o assunto.
“Os três governadores do PSDB manifestam de maneira clara e objetiva o apoio de maneira integral à reforma da Previdência e à manutenção de estados e municípios. Os governadores entendem que não há o menor cabimento em destacar estados e municípios da reforma”, afirmou João Doria (PSDB). “Não tem plano B, é plano A de aprovação. Não há outra perspectiva, na nossa avaliação”, acrescentou.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), completou: “Não parto para nenhum plano B antes de esgotarmos o plano A”. Segundo ele, todos pagam a conta quando um único estado “não faz o dever de casa”. “Quando chama a União para socorrer, todos os brasileiros pagam a conta”, disse. Já o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse que os estados podem, se ficarem de fora da reforma, aprovar um projeto em assembleia igualando as alíquotas da União, mas afirmou que é necessário ganhar tempo, diante da crise atual.
Questionado sobre a possibilidade de se criar uma regra que permita o “desembarque” dos estados que não queiram a reforma, o relator da reforma na Câmara disse que há várias soluções em jogo, mas afirmou que não há alternativa melhor do que deixar todos os estados e municípios na reforma no formato enviado pelo governo. “Até porque acaba sobrando para o governo federal”, disse, referindo-se aos pedidos de socorro dos estados.
Moreira afirmou que pretende apresentar seu relatório na quinta-feira ou, no mais tardar, até a próxima segunda-feira. O deputado disse que não está ativamente procurando governadores e afirmou que respeita a legitimidade dos parlamentares. Ele deixou claro que não concorda com pedidos para que os Estados façam pressão sobre suas bancadas. “Diálogo sempre é bom convencimento, argumentos”, defendeu.
Questionado, ele disse que outro alvo de polêmica é o tema capitalização: “É um ponto em que nós devemos nos concentrar”. Além desse, afirmou que há “mais dois ou três pontos” que serão conhecidos em breve, na apresentação do relatório.
(Com Agência Estado)