Google e Facebook decidiram vetar em suas plataformas anúncios de moedas virtuais e produtos relacionados a elas. Na opinião de alguns analistas, as criptomoedas – que não são regulamentadas nem possuem lastro – integram um mercado de altíssimo risco.
O Google atualizou sua política de serviços financeiros da empresa com esse veto, que passa a ser aplicado a partir de junho. “Estamos constantemente atualizando nossas políticas à medida que vemos o surgimento de novas ameaças”, explicou o Google.
A empresa focou as atuais mudanças de diretrizes nos anúncios referentes a “produtos financeiros não regulados ou especulativos como, opções binárias, criptomoedas e mercados de divisas”.
O veto foi adotado depois de o Facebook já ter anunciado uma medida similar em janeiro. A rede social afirmou na época que os anúncios na plataforma não promoveriam “produtos financeiros e serviços frequentemente associados com práticas promocionais enganosas ou falsas, como opções binarias, ofertas iniciais de moedas ou criptomoedas”.
Bitcoins e outras moedas virtuais ganharam popularidade depois de registrarem grande valorização no ano passado. No entanto, analistas ressaltam a volatilidade das divisas.
Além disso, as operações conhecidas como ofertas iniciais de criptomoedas (ICO) formam um mercado questionado pelas autoridades reguladoras de alguns países, como Japão e Estados Unidos, já que, em alguns casos, ocorreram fraudes.
As cotações do bitcoin caíram 9%, para cerca de 8,25 mil dólares, depois do anúncio do Google, e já tinham recuado 12% após o Facebook ter tomado a mesma decisão em janeiro.
A companhia também divulgou seu último relatório de publicidade digital, no qual afirma que tirou 3,2 bilhões de anúncios que infringiam as diretrizes da plataforma em 2107.