O Baobá – Fundo para Equidade Racial e a B3 Social apresentaram em evento realizado nesta terça-feira, 6, no auditório da B3 em São Paulo, os estudantes selecionados pelo edital do programa de bolsas de estudo Black STEM, direcionado para jovens negros e negras que cursam uma graduação no exterior.
A iniciativa apoia a presença e permanência de pessoas negras nas áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) em universidades internacionais. Tendo como parceiro a BRASA (Brazilian Student Association), seu objetivo é promover formação acadêmica para esses estudantes e contribuir para a produção de conhecimento na academia global. “56% da população brasileira se declara preta ou parda. Mas só 39% se formam em cursos superiores. Estamos aqui para mudar esse quadro”, afirma Fernanda Lopes, diretora do programa.
Os selecionados pelo Black STEM e os cursos foram:
- Camila Ribeiro Martins (Vitória, ES): Pilotagem na Escola Superior Náutica Infante Dom Henrique, Portugal.
- Diovanna Stelmam Negeski de Aguiar (São Paulo, SP): Ciência da Computação, na New York University (NYU), EUA.
- Eric Souza Costa Ribeiro (Caieiras, SP): Engenharia Aeroespacial na University of Notre Dame, EUA.
- Melissa Simplicio Silva (Rio de Janeiro, RJ): Ciência da Computação na New York University (NYU), EUA.
- Rilary Oliveira Torres (Diadema, SP): Medicina na Universidad Nacional de Rosario, Argentina.
Cada um deles receberá o equivalente a 35 mil reais anuais para cobrir despesas de moradia, alimentação, transporte, material acadêmico e mensalidades. As bolsas podem ser renovadas anualmente até a conclusão do curso. O processo seletivo, composto por quatro etapas, contou com especialistas das áreas de STEM, Psicologia e Educação com diferentes conhecimentos e experiências sobre graduação no exterior.
“Esta iniciativa não é um projeto de curto prazo, mas um programa duradouro. Os resultados do primeiro processo seletivo mostram que estamos no caminho certo. Por isso, continuaremos a investir e a trabalhar para ampliar os horizontes dos alunos de escolas públicas e privadas que promovem a diversidade étnica por meio de ações afirmativas”, celebra Giovanni Harvey, diretor executivo do Fundo Baobá.
Fundo patrimonial brasileiro gerido por pessoas negras e que destina recursos para o enfrentamento do racismo e promoção da equidade, o Fundo Baobá foi fundado em 2011 e já apoiou, por meio de editais, mais de 900 iniciativas que tiveram impacto direto em mais de 2,1 mil pessoas. Nessa iniciativa, conta com a parceria do braço social da B3, a B3 Social que financia organizações e projetos voltados à melhoria da educação.