Entre os brasileiros que sacaram o saldo das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), 36% utilizaram os recursos para o pagamento de dívidas atrasadas, segundo pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).
Ainda assim, a maioria dos beneficiários, 42%, destinou o dinheiro para o pagamento de despesas do dia-a-dia. Outros 7% usaram os recursos para quitar parte de compromissos pendentes e 10% aproveitaram o dinheiro para antecipar parcelas de contas não atrasadas.
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a liberação dos saques das contas inativas injetará um volume razoável de recursos na economia. “Esse dinheiro poderá ser utilizado nas necessidades mais urgentes do consumidor, como limpar o nome ou para necessidades do dia-a-dia. Livre das dívidas, o consumidor poderá retornar ao mercado de crédito, reaquecendo as vendas no varejo”, analisou.
Segundo a pesquisa, a liberação dos recursos do FGTS pode impactar em até 0,2% no PIB, caso sejam sacados todos os valores das contas inativas, que juntas somam 44 bilhões de reais.
Entre os consumidores que ainda vão realizar os saques, 26% irão quitar compromissos atrasados e 21% vão regularizar ao menos uma parte das pendências em atraso.
De acordo com a pesquisa do SPC Brasil e da CNDL, 51% dos consumidores brasileiros não têm dinheiro a resgatar das contas inativas. Ao todo, 8% dos brasileiros sacaram o benefício e 18% ainda pretendem fazê-lo assim que o lote estiver disponível.