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Espanha multa Facebook em € 1,2 mi por violar proteção de dados

Para agência espanhola, a rede social faz referência de forma imprecisa ao uso que faz dos dados que recolhe dos usuários

Por Da redação
Atualizado em 11 set 2017, 14h54 - Publicado em 11 set 2017, 12h12
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  • A Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD) multou o Facebook em 1,2 milhão de euros por violar as normas locais de proteção de dados. O Facebook tem dois meses para recorrer da multa.

    “A agência declara a existência de duas infrações graves e uma muito grave da Lei de Proteção de Dados e impõe ao Facebook uma multa total de 1,2 milhão de euros” (1,4 milhão de dólares), afirma um comunicado da AEPD.

    Segundo a agência, o Facebook compila, armazena e usa dados com fins de publicidade sem o consentimento dos usuários. Os dados sobre ideologia, sexo, crenças religiosas, gostos pessoais e navegação são recolhidos diretamente, mediante a interação dos usuários com os serviços da rede social ou a partir de páginas de terceiros sem informar claramente o uso e a finalidade dada a essas informações, informa a AEPD.

    Além disso, a agência informa que a rede social filtra informações “especialmente protegidas” com fins de publicidade sem obter o consentimento expresso dos usuários e esses dados não são cancelados totalmente quando deixam de ser úteis ao fim para o qual foram recolhidos, nem quando o usuário solicita explicitamente sua eliminação.

    Segundo a AEPD, a rede social recolhe outros dados derivados da interação dos usuários na plataforma e em sites de terceiros sem que estes percebam claramente as informações que o Facebook recolhe sobre eles nem com que finalidade vai utilizá-las, além de outras irregularidades.

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    O órgão confirmou que os usuários não são informados que seus dados serão obtidos mediante o uso de “cookies” quando navegam por páginas que não são do Facebook e que contêm o botão “curtir”.

    Esta situação também ocorre quando os usuários não são membros da rede social, mas visitaram alguma vez uma de suas páginas, bem como quando usuários que estão registrados no Facebook navegam por páginas de terceiros, inclusive sem iniciar sessão no Facebook.

    Segundo a AEPD, a rede social faz referência de forma imprecisa ao uso que faz dos dados que recolhe, de modo que um usuário do Facebook com um conhecimento médio sobre as novas tecnologias não chega a ser consciente da coleta de dados, nem do seu armazenamento e posterior tratamento.

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    Por isso, a agência concluiu que o Facebook não solicita de forma adequada o consentimento nem dos seus usuários nem daqueles que não o são, o que constitui uma infração considerada “grave”.

    Em nota, o Facebook informa que uma de suas prioridades é a privacidade das pessoas. “As pessoas escolhem quais informações querem adicionar a seus perfis e o que compartilham com os outros, como sua religião. Nós não permitimos que os anunciantes usem informações como essa para direcionar publicidade para as pessoas em nossa plataforma. Nós discordamos da decisão da Agência de Proteção de Dados da Espanha e pretendemos entrar com um recurso”, informa porta-voz do Facebook.

    (Com EFE e AFP)

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