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Espanha capta € 3 bi em emissão privada para financiar regiões

Algumas das 17 comunidades autônomas espanholas foram expostas ao estouro da bolha imobiliária e estão com dificuldades para cumprir seus compromissos financeiros

Por Da Redação
21 set 2012, 17h09

O Tesouro espanhol captou nesta sexta-feira 3 bilhões de euros por meio de uma emissão privada de obrigações, assinada por quase todas as entidades financeiras espanholas, de acordo com o Ministério de Economia do país. O montante será usado para alimentar o fundo público de ajuda às regiões em dificuldades, criado em junho e que terá gerenciará 18 bilhões de euros ao todo. Em outubro haverá nova emissão privada complementar de 5 bilhões de euros. O resto do financiamento virá de um empréstimo da loteria nacional, de 6 bilhões de euros, e do Tesouro, que aportará diretamente os 4 bilhões restantes.

Na emissão desta sexta-feira, o Tesouro propôs três linhas com vencimentos e taxas diferentes, de aproximadamente 1 bilhão de euros cada. Foram oferecidos rendimentos de 3,54% para os títulos com vencimento em abril de 2015, de 4,19% para as obrigações que vencerão em abril de 2016 e de 4,57% para os títulos até janeiro de 2017.

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Algumas das 17 comunidades autônomas espanholas foram expostas ao estouro da bolha imobiliária que estourou no país no fim de 2008 e estão passando por grandes dificuldades para cumprir seus compromissos financeiros. Para socorrê-las, o governo de Mariano Rajoy anunciou em julho a criação do Fundo de Liquidez Autônomo (FLA), que ainda não está em operação. Até o momento, quatro regiões – Catalunha, Valência, Múrcia e Andaluzia – anunciaram que precisarão de ajuda, somando um total de 10 bilhões de euros.

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Ajuda externa – O mercado espera que na próxima quinta-feira o primeiro-ministro espanhol anuncie novas pedidas de austeridade, necessárias para o país pedir ajuda financeira externa. “De fato, a Comissão Europeia (CE) está em contato direto com as autoridades espanholas para completar este importante programa de reformas estruturais, mas a responsabilidade final é do governo espanhol”, disse o porta-voz comunitário Simon O’Connor, porta-voz do comissário europeu para Relações Econômicas, Olli Rehn.

O porta-voz negou que este plano seja o início de um resgate mais amplo, mas, uma fonte europeia disse à agência France-Presse que o plano de austeridade poderá agilizar um pedido de ajuda do governo, uma vez que os compromissos já estariam firmados e aprovados. Nesse caso seria um resgate brando, tecnicamente chamado de linha de crédito preventiva.

“Minha opinião é que a Espanha já está em um bom caminho e necessita de um programa suplementar” de austeridade, declarou o ministro alemão de Finanças, Wolfgang Schauble. “O que a Espanha precisa é da confiança dos mercados”, completou.

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Cortes – O ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, anunciou que o governo adotará dia 27 de setembro um “plano nacional de reformas” com um “calendário estrito” para cumprir com as metas de déficit com as quais se comprometeu com Bruxelas (6,3% do PIB em 2012, 4,5% em 2013 e 2,8% em 2014).

Nesta sexta-feira, a vice-primeira-ministra da Espanha, Soraya Sáenz de Santamaría, negou que o governo esteja estudando congelar as pensões, como traz matéria da agência Reuters. Ela respondeu a especulações de que o país está avaliando acabar com o reajuste das pensões e aumentar a idade mínima de aposentaria dos atuais 65 anos para 67 anos.

(Com Agence France-Presse e Reuters)

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