Ajuda deve ir para bancos da Espanha, diz UE
Comentário foi feito após o jornal 'El País' afirmar que o governo está avaliando usar parte dos recursos para pagar a dívida
Quando os líderes europeus ofereceram 100 bilhões de euros (130 bilhões de dólares) para a Espanha, eles não esperavam que o dinheiro fosse usado para qualquer outro propósito além da reestruturação do setor bancário do país, afirmou Simon O’Connor, porta-voz do comissário europeu para Relações Econômicas, Olli Rehn.
Leia também
Espanha: pacote de resgate dispensa novos cortes, diz ministro
Espanha apresentará novo pacote de reformas até o final do mês
O comentário foi feito após o jornal espanhol El País afirmar que o governo está avaliando usar parte dos recursos para pagar a dívida nacional. “O dinheiro oferecido para reconstrução do setor financeiro da Espanha foi disponibilizado explicitamente para esse objetivo particular”, declarou O’Connor. “Ele não está previsto para outros propósitos”, acrescentou.
Segundo O’Connor, se a Espanha pedir menos do que 100 bilhões de euros para recuperar os bancos do país, não existe uma “implicação automática sobre o que pode ser feito com o restante”.
Captação – O Tesouro público espanhol captou nesta quinta-feira 4,798 bilhões de euros em duas emissões de bônus, mais do que o previsto inicialmente, com diminuição nos juros dos títulos a dez anos, que caíram para 5,7%, contra 6,706% do leilão anterior.
No entanto, na emissão a três anos, na qual foram captados 3,940 bilhões de euros, os juros subiram para 3,919%, contra os 3,774% do leilão anterior.
Esse índice está também acima dos juros deste bônus no mercado secundário (3,669%). Os juros a dez anos atingiram sua cotação mais baixa dede fevereiro, em linha com a rentabilidade do bônus espanhol de referência no mercado secundário.
Desde que o Banco Central Europeu (BCE) anunciou no início do mês sua intenção de comprar dívida soberana da Espanha e de outros países da zona do euro no mercado secundário, a rentabilidade do bônus espanhol a dez anos, assim como do resto das emissões, começou a descer, reduzindo os custos de financiamento do país.
(Com agências Estado e EFE)