Em dia de queda do petróleo, Ibovespa fecha com alta de 0,08%
Depois de ter caído até 0,61% pela manhã, Bolsa terminou o dia aos 76.652,58 pontos
A forte queda dos preços do petróleo e a cautela diante de incertezas internas e externas impuseram um freio ao Índice Bovespa, que oscilou em terreno na maior parte do dia e acabou por fechar perto da estabilidade, com ligeiro viés de alta.
Sem notícias relevantes no front doméstico, as principais referências vieram do mercado internacional, onde os destaques também não foram muitos. Depois de ter caído até 0,61%, pela manhã, o Ibovespa terminou o dia aos 76.652,58 pontos, com elevação de 0,08%.
A movimentação nas mesas de renda variável não foi de sobressaltos, uma vez que as oscilações foram moderadas durante todo o pregão. Um dos motivos para esse ambiente foi a resiliência das ações Petrobras diante das quedas expressivas do petróleo. A commodity reagiu a um conjunto de notícias apontando para a possibilidade de elevação da oferta.
Na Nymex, o petróleo WTI para entrega em agosto fechou em baixa de 4,15%, para US$ 68,06 por barril. Na ICE, o barril do Brent para setembro recuou 4,63%, para US$ 71,84. As ações da Petrobras acompanharam a queda, mas em menor proporção. Tiveram perdas de 0,97% (ON) e 1,27% (PN).
“Foi uma segunda-feira de poucas notícias e oscilações contidas em Nova York. O principal destaque foi o petróleo despencando. Com o noticiário político ainda indefinido, as referências domésticas para os próximos dias devem ficar em torno de indicadores econômicos e noticiário corporativo”, disse Luiz Roberto Monteiro, operador da Renascença Corretora.
A restauração do fluxo estrangeiro na Bolsa em julho – depois de dois meses de saída robusta – é outro fator positivo que se fez presente no pregão. Segundo os dados divulgados nesta segunda (16) pela B3, os estrangeiros ingressaram com R$ 858,4 milhões líquidos na última quinta-feira (12).
Em julho, o saldo até essa data é positivo em R$ 2,216 bilhões. Em junho, houve saída líquida de R$ 5,9 bilhões e, em maio, de R$ 8,4 bilhões. A volta do capital externo este mês, ainda que de maneira discreta, contribui para o ganho acumulado de 5,35% do Ibovespa em julho.
Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, a maior alta do dia foi de Gol ON, que disparou 11,60% como reação ao anúncio de um contrato para aquisição de aeronaves com a Boeing, de 15 jatos 737-MAX 8. Smiles ON, sua controlada, subiu 3,97%.