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Em Davos, Guedes diz que o grande inimigo do meio ambiente é a pobreza

Segundo o ministro, a destruição ocorre porque as pessoas "precisam comer" e há um balanço complicado entre produzir mais e 'se manter verde'

Por Larissa Quintino 21 jan 2020, 10h19
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  • O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira, 21, que o “o pior inimigo do meio ambiente é a pobreza”. A fala foi feita durante uma participação em um painel do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, para discutir o futuro da indústria. Quando questionado sobre o que o Brasil estava fazendo para equilibrar o crescimento da economia com a preservação do meio ambiente, Guedes disse que é uma questão complicada. Pelo fato de o país estar um passo atrás na escala de desenvolvimento, como ele classificou, há escolhas políticas para serem feitas para aumentar produtividade.

    “As pessoas destroem o meio ambiente porque precisam comer”, disse. “Eles têm todas as preocupações que não são as preocupações das pessoas que já destruíram as suas florestas, que já lidaram com suas minorias étnicas, essas coisas”, afirmou, alfinetando países mais desenvolvidos. Segundo Guedes, é uma necessidade que hajam mais alimentos, mas que há um balanço complexo, pois o uso de produtos químicos para produzir mais não deixam o “meio ambiente limpo”.

    Segundo Guedes, a grande preocupação do Brasil no momento é remover o ambiente hostil para negócios em geral, “receber e recolocar todo esse conhecimento já disponível em todo o mundo” da inovação industrial.

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    Futuro da indústria

    Durante o painel, Paulo Guedes afirmou que o Brasil foi “deixado para trás” na indústria do futuro. “Perdemos essa grande onda de inovação e globalização”, disse. Para o ministro, a mudança do trabalho “com as nossas mãos” para o trabalho “com as nossas mentes” vai levar um tempo, “mas estamos correndo atrás”. Segundo o ministro, a indústria do futuro será centrada nas pessoas, com valorização do talento e da criatividade.

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    O papel do governo neste contexto não é fazer a inovação, mas sim garantir que haja um ambiente de negócios e educação que permita apropriar o conhecimento existente aplicá-lo no novo ambiente industrial, com mais inteligência artificial e automação.

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