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Dona do Burger King no Brasil pede registro para abrir capital

A BK Brasil busca obter recursos para expandir sua rede, que tem atualmente 492 lojas, pelo país; a companhia teve prejuízo de R$ 93,46 milhões em 2016

Por Reuters Atualizado em 20 out 2017, 16h39 - Publicado em 20 out 2017, 16h26
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  • A BK Brasil, operadora da rede de fast food Burger King no país, apresentou nesta sexta-feira pedido para uma oferta inicial de ações (IPO) que servirá para levantar recursos para financiar expansão de sua rede de 492 lojas no país. A Vinci Partners, que controla a BK Brasil desde 2013, está buscando aproveitar a retomada da economia, após dois anos de recessão no país. A empresa tem 31,3% da BK Brasil, segundo informações do prospecto publicado.

    A BK Brasil teve prejuízo de 93,46 milhões de reais em 2016, com margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ajustado (Ebtida) de 9,6%. Em 2015, o prejuízo foi de 36,7 milhões de reais, com margem ajustada de 9,1%, de acordo com o documento.

    Nos nove primeiros meses deste ano, a companhia acumula prejuízo de 18 milhões de reais, após 61,5 milhões de reais negativos no mesmo período de 2016. De janeiro ao fim de setembro, a receita da empresa cresceu 28 %sobre o ano anterior, para 1,26 bilhão de reais, com o número de lojas próprias subindo de 448 para 492. Há ainda outras 136 lojas franqueadas.

    Em termos de vendas nas lojas já existentes no período anterior, a empresa afirma no prospecto que apurou crescimento de 13% de janeiro a setembro de 2017 ante expansão de 10% em 2016.

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    A companhia afirmou que pretende usar parte dos recursos levantados no IPO para financiar aquisição no “Centro Sul” e abertura de novas lojas e quiosques de sobremesas nos próximos anos. Os recursos também serão usados para reforma de lojas e pesquisa de novas marcas de fast food.

    Mercado

    O mercado brasileiro de ofertas de ações neste ano está mais ativo que em anos anteriores, mas o crescimento ainda lento da economia tem causado baixas pelo caminho. A mais recente foi a companhia de serviços de tecnologia Tirita, que desistiu de seu IPO no final de setembro.

    Entre altos e baixos, o mercado brasileiro já movimentou mais de 14 bilhões de reais em ofertas públicas de ações em 2017, o melhor resultado desde 2013. Várias outras companhias anunciaram recentemente planos para listar ações na bolsa nos próximos meses, incluindo Algar Telecom, BR Distribuidora, a divisão de máquinas pesadas da JSL e Votorantim Metais.

    No início deste mês, o presidente-executivo da B3, Nilson Finkelsztain, afirmou que o mercado brasileiro de ofertas públicas de ações pode fechar 2017 com movimento de cerca de 50 bilhões de reais.

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