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“Deus me livre de mulher CEO”: empresário renuncia e mulher assume grupo G4

Tallis Gomes enfrenta uma onda de cancelamento desde que fez comentários machistas sobre mulheres em posições de liderança e foi expulso do conselho da Hope

Por Camila Pati 21 set 2024, 20h35
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  • Tallis Gomes, fundador da Easy Taxi
    Tallis Gomes, fundador da Easy Taxi (Divulgação/VEJA)

    O empresário Tallis Gomes renunciou, na noite deste sábado, 21, aos cargos de CEO e presidente do Conselho do grupo G4 Educação. Em publicação nas redes sociais, o grupo G4 informou que a sócia e atual CFO da companhia, Maria Isabel Antonini, assume como CEO. 

    “Com mais de 10 anos de experiência na liderança e na gestão de negócios, Maria Isabel é Engenheira de Produção (UFMG), ex-CEO da Singu, com passagens em grandes empresas como GPA e Itaú Unibanco. O G4 reafirma seu compromisso com a educação executiva de impacto, no qual a liderança feminina sempre esteve presente com protagonismo”, diz o comunicado do grupo, divulgado na noite deste sábado.

    Empresário foi expulso do conselho da Hope

    O empresário, que ficou conhecido também como fundador do aplicativo Easy Taxi, enfrenta uma onda de cancelamento nas redes sociais desde que fez comentários machistas sobre mulheres em posições de liderança. Mais cedo neste sábado, a empresa de lingerie Hope informou que Gomes foi expulso do conselho consultivo da marca. 

    Inicialmente, na sexta-feira, 20, ele foi defendido pela diretora geral da Hope, Sandra Chayo, que publicou em seu perfil do Instagram: “Me surpreendi ao ler o post, pois não reflete a conduta dele no conselho. Sempre respeitou e valorizou a liderança feminina em nossa marca. Nós, como empresárias, acreditamos no nosso papel de protagonistas e na liberdade de escolher nossos caminhos pessoais e profissionais”, afirmou Chayo.

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    No entanto, a executiva voltou atrás e anunciou a saída de Gomes do conselho no dia seguinte. Segundo Chayo, a decisão reflete a necessidade de Gomes repensar seu posicionamento sobre lideranças femininas. “Este é um momento de reflexão sobre como as mulheres em altos cargos contribuem para o progresso da sociedade, algo irreversível”, declarou em nota. Ela ainda reforçou que a Hope é comandada por mulheres e que a empresa acredita em um futuro onde a equidade de gênero seja uma realidade, e não mais um debate.

     Deus me livre de mulher CEO”: entenda o cancelamento de Tallis Gomes

    A empresa do setor de educação e formação de líderes que se apresenta como a “evolução da escola de negócios” terá então uma CEO mulher, justamente o perfil que o empresário pediu a Deus que o livrasse, em um relacionamento.

    Na quinta-feira, em seu perfil do Instagram, Tallis Gomes disse “ Deus me livre de mulher CEO”, ao ser indagado se toparia se relacionar com uma mulher no mesmo cargo que ele, que é CEO do GAo fazer o comentário, Gomes prosseguiu com seu raciocínio machista que provocou reações. Gomes afirmou que as mulheres em posições de alta liderança são masculinizadas e deixam o lar em “quarto plano”, salvo “raras exceções”. Ele continuou a justificativa para não querer se relacionar com uma mulher presidente de empresa porque para suportar a cadeira de CEO, como a dele, é preciso ser muito “cascudo”.

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     Após a repercussão negativa, na sexta-feira, 20, Gomes publicou um pedido de desculpas em suas redes sociais.O empresário reconheceu o erro e expressou arrependimento: “Ontem, errei feio em um texto aqui no Instagram. Quero reconhecer o erro e pedir desculpas. Muitas mulheres se sentiram magoadas com minhas palavras, e estou profundamente chateado por ter causado isso”.

    Gomes explicou que a postagem, feita para seus mais de 800 mil seguidores, foi infeliz: “Fui infeliz ao expressar o tipo de mulher que gostaria ao meu lado e acabei tocando em pontos sensíveis, usando palavras inadequadas”. Ele também mencionou sua empresa anterior, a Singu, uma plataforma de serviços de beleza, destacando o impacto social positivo que teve ao empregar mulheres em situação de vulnerabilidade.

    Gomes ainda reforçou que suas opiniões pessoais não refletem os valores de sua empresa, G4 Educação. “Minhas palavras não representam o que o G4 é como organização. Temos orgulho de merecer a confiança de muitas mulheres executivas de sucesso, e aprendo com elas diariamente.”

    Essa não é a primeira vez que o empresário gera controvérsia. Ele já havia causado alvoroço ao afirmar em suas redes que não contrata profissionais de esquerda, alegando que “esquerdistas são mimizentos” e “não trabalham duro”.

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