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Dados do mercado de trabalho dos EUA reforçam tese de corte de juros

Com sinais de desaceleração não abrupta, mercado ainda aguarda a divulgação do payroll para solidificar a perspectiva

Por Camila Pati 5 set 2024, 11h52
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  • OLHO NA INFLAÇÃO - Powell, do Fed: sinais de que os juros vão cair
    OLHO NA INFLAÇÃO - Jerome Powell, do Fed (Samuel Corum/Bloomberg/Getty Images)

    Os dados recentes do mercado de trabalho dos Estados Unidos revelam um cenário misto, mas com sinais claros de desaceleração, o que pode abrir espaço para um corte de juros pelo Federal Reserve. Mas, o mercado ainda aguarda a divulgação dos dados do payroll para solidificar essa perspectiva.

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    O setor de serviços dos EUA apresentou uma leve alta no Índice de Gerentes de Compras (PMI), subindo de 51,4 em julho para 51,5 em agosto, de acordo com o Instituto de Gestão da Oferta (ISM). A previsão era de uma queda para 51,1. Entre os subíndices do PMI, o de preços pagos avançou de 57 para 57,3, enquanto o de novas encomendas subiu de 52,4 para 53. O subíndice de emprego, no entanto, caiu de 51,1 para 50,2.

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    Em outro dado econômico, o Bureau of Labor Statistics (BLS) informou que a produtividade do setor empresarial não agrícola dos EUA cresceu 2,5% no segundo trimestre de 2024, impulsionada por um aumento de 3,5% na produção, enquanto as horas trabalhadas aumentaram 1%. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, a produtividade teve um avanço de 2,7%.

    Os custos unitários de mão de obra no setor não agrícola subiram 0,4% no trimestre, refletindo um aumento de 3% na remuneração por hora e de 2,5% na produtividade. Nos últimos 12 meses, os custos unitários cresceram apenas 0,3%, o menor ritmo desde o quarto trimestre de 2013.

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    No setor de manufatura, a produtividade aumentou 1,3%, com um crescimento de 2,4% na produção e de 1,1% nas horas trabalhadas. O custo unitário da mão de obra no setor manufatureiro subiu 3,6% no segundo trimestre de 2024, refletindo um aumento de 4,9% na remuneração por hora e de 1,3% na produtividade.

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    Também nesta quinta-feira, 5, foram divulgados os pedidos contínuos de seguro-desemprego. O dado veio abaixo do esperado (1.838 mil contra 1.870 mil), indicando que menos trabalhadores estão recorrendo a esse benefício. Os pedidos iniciais por seguro-desemprego também surpreenderam positivamente. O número registrado foi 227 mil, menor do que a projeção de 231 mil.

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    “Essa combinação de um mercado de trabalho ainda robusto, porém com sinais de desaceleração, reforça a ideia de que o Federal Reserve terá mais espaço para cortar os juros em setembro. A produtividade do setor não-agrícola, que apresentou um forte crescimento trimestral de 2,5% (muito acima do dado anterior de 0,2%), também sustenta um cenário de controle inflacionário”, diz Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.

    Embora os números de seguro-desemprego tenham sido menores do que o esperado, o recente relatório ADP revelou uma criação de apenas 99.000 vagas no setor privado em agosto, muito abaixo das expectativas de 140.000, marcando o crescimento mais fraco desde janeiro de 2021, diz Fabio Murad, da Ipê Avaliações. “Essa desaceleração, combinada com a queda nas vagas de emprego apontada pelo relatório JOLTS, sugere um resfriamento gradual do mercado de trabalho, alinhando-se com o objetivo do Federal Reserve de moderar a economia sem provocar uma recessão abrupta”, diz Murad.

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    Se o Payroll mostrar uma confirmação da desaceleração, isso pode aumentar as expectativas de um corte nas taxas de juros ainda este ano, segundo ele. “O relatório de emprego (Payroll) a ser divulgado amanhã será crucial para solidificar essa perspectiva. Se o Payroll confirmar a tendência de desaceleração do mercado de trabalho, isso poderá reforçar significativamente a tese de um possível corte de juros, potencialmente levando a um aumento nas expectativas de redução das taxas ainda este ano”, diz Murad.

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