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CVM vai priorizar julgamento de casos da JBS, diz presidente

A instituição é o regulador do mercado financeiro, e abriu oito processos contra a empresa desde a divulgação da delação de Joesley Batista

Por Da redação
5 jun 2017, 15h59
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  • Os julgamentos de processos e inquéritos abertos recentemente envolvendo a JBS e sua controladora J&F são uma prioridade para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), afirmou nesta segunda-feira o presidente da autarquia, Leonardo Pereira.

    A instituição é o órgão governamental que regula o mercado financeiro, e abriu oito processos administrativos contra o frigorífico desde que a delação premiada de um dos donos da companhia, Joesley Batista, veio há público, há três semanas.

    As investigações apuram, entre outros casos, se a empresa se aproveitou da instabilidade nos mercados com a delação para lucrar com a compra de dólares ou se houve operação ilegal de venda de ações entre a empresa e outra companhia que também é de propriedade de Batista. Esses dois processos se tornaram inquéritos na última quinta-feira, sinalizando que a CVM viu indícios de irregularidade nos dois casos.

    A empresa nega a acusação de ter se beneficiado ilegalmente em operações de câmbio futuro, e não emitiu posicionamento sobre as suspeitas com ações até o momento.

    “Abrimos os processos em tempo recorde e queremos julgar tão rápido quanto possível”, disse Pereira a jornalistas, após evento na B3 (bolsa de São Paulo). Segundo Pereira, no entanto, o prazo estimado entre a abertura de processo e o julgamento é hoje de cerca de 18 meses.

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    Petrobras

    O presidente da CVM disse também que a instituição deve julgar ainda neste ano processos abertos envolvendo a Petrobras no âmbito da Operação Lava Jato desde 2014.

    A CVM tem cinco processos sancionadores envolvendo a companhia a partir de denúncias, além de cinco inquéritos administrativos em fase adiantada, e nove procedimentos de análise sobre questões contábeis e de auditoria, desde o início das investigações que revelaram um esquema gigantesco de corrupção envolvendo a Petrobras, políticos e grandes empreiteiras.

    Leonardo Pereira termina seu mandato à frente do órgão regulador no próximo dia 14 de julho e um substituto para o cargo ainda não foi indicado.

    (Com Reuters)

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