As razões para que o Brasil esteja com a economia estagnada há uma década são muitas — mas, entre elas, não consta falta de recursos naturais. Existe, porém, uma baixa integração ao comércio internacional. A rede brasileira de acordos preferenciais e de livre comércio totaliza apenas 8% das importações mundiais de bens. A título de comparação, esse índice é de 73% para a Coreia do Sul, e 64% para o Canadá.
O país, no entanto, tem a chance de melhorar drasticamente esta situação. Após 20 anos de negociações, foi fechado em 2019 o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, tema da edição de julho do VEJA Insights. Ele ainda carece da chancela dos conselhos dos dois blocos — e possíveis novas exigências na área ambiental por parte da Europa, e de compromissos sobre compras governamentais por parte dos sul-americanos, parecem travar a assinatura final. Uma vez em vigor, a rede de acordos brasileira saltaria para 37% das importações mundiais de bens. Será o maior mercado de livre comércio do planeta pela sua abrangência e importância.
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“Existe uma janela de oportunidade agora em 2023 porque os líderes ora no poder são entusiastas do acordo”, explica Constanza Negri, gerente de Comércio e Integração Internacional da Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Essa janela será perdida se forem reabertas as discussões, uma vez que a rotação nas presidências dos blocos e as eleições em vários dos países participantes vai acabar empurrando a assinatura do acordo indefinidamente.”
Na edição do mês, VEJA Insights, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria, faz um raio-X do acordo entre Mercosul e União Europeia e do seu potencial para impulsionar a indústria nacional em específico e a economia em geral. Clique para download gratuito.