No jargão da indústria de tecnologia, unicórnio é aquela startup rara que alcança o valor de 1 bilhão de dólares. Facebook, Google, Uber e Netflix, estão entre as mais famosas, demoraram anos para atingir uma avaliação tão vultosa e têm, todas elas, milhares de empregados espalhados pelo mundo para gerar receita e lucro que justifiquem tamanha cotação na bolsa de valores. Pois Sam Altman, o CEO da OpenAI, criadora da primeira ferramenta de inteligência artificial generativa disponibilizada ao grande público (e avaliada em 80 bilhões de dólares), fez uma aposta interessante com seus amigos. Ele apostou que o primeiro unicórnio com apenas um funcionário surgirá até 2025. E que isso será possível graças justamente ao enorme ganho de produtividade que a inteligência artificial, tema do especial VEJA Insights do bimestre, tem o potencial de proporcionar.
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A inteligência artificial é um ramo da ciência da computação que visa criar máquinas capazes de de analisar uma quantidade de dados gigantesca, humanamente impossível de processar, e partir disso achar padrões, aprender, resolver problemas e tomar decisões de forma autônoma. O conceito e algumas ferramentas já estão entre nós há alguns anos, em como nos aplicativos de mapas em nossos smartphones que apontam os caminhos com menos trânsito, ou nos tradutores de idiomas, entre muitos outros. Mas em novembro de 2022 foi lançado o chatGPT, criação da empresa de Sam Altman, que mudou esse jogo de patamar. Este chatbot de IA é capaz de ter conversas realistas e informativas com humanos, escrever códigos de programação, ler, entender e resumir documentos, e outras habilidades que o público ainda está entendendo. Virou uma sensação global – e forçou as gigantes de tecnologia como Google e Facebook a lançar as suas versões do aplicativo. O ChatGPT demonstrou o poder da IA para automatizar tarefas e criar novas experiências para os clientes.
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O interesse foi tão grande que a Nvidia, que desenvolve chips de processamento de dados que são especialmente eficientes para treinar e executar os modelos de IA – ela domina 80% desse mercado – aumentou seus lucros em 769% nos 12 meses seguintes ao lançamento do chatGPT. O valor de mercado da empresa, na casa do trilhão de dólares, já ultrapassou gigantes como Google e Amazon – que já anunciaram que vão produzir seus próprios chips, pois está claro que a demanda não vai parar de subir.
E os brasileiros, como sempre tem acontecido com as novidades do mundo tecnológico, das redes sociais às criptomoedas, são early adopters da inteligência artificial. No jargão da indústria, isso significa que o país abraçou cedo a ferramenta. Uma pesquisa realizada em 17 países pelo instituto Ipsos, em parceria com o Google, entre outubro e novembro de 2023 mostrou que o Brasil está entre os mercados que vê como mais positivo o impacto da IA na sociedade. Impressionantes 75% dos entrevistados já usaram ou planejam usar ferramentas de inteligência artificial no trabalho, e 60% se diz empolgada com as possibilidades abertas pela inovação. A título de comparação, apenas 33% dos americanos já usou IA, e 33% estão animados.
Na edição de janeiro/fevereiro, VEJA Insights mostra os principais usos das ferramentas de inteligência artificial já em implementação para melhorar a produtividade nas empresas do Brasil e do mundo, e o potencial que ainda está por ser desvelado. Há casos para todos os gostos, de Saúde e Educação ao comércio, indústria pesada e até o serviço público. Estamos diante de uma verdadeira revolução tecnológica. Clique para fazer o download da edição especial.