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Com vacina e eleição, Ibovespa sobe e Dow Jones volta a nível de fevereiro

Ibovespa acompanhou a alta e fechou em 2,57%, a 103,51 mil pontos. Aéreas, petróleo e hotelaria subiram enquanto Nasdaq caiu

Por Luisa Purchio Atualizado em 9 nov 2020, 20h08 - Publicado em 9 nov 2020, 19h58

Nesta segunda-feira, 9, o primeiro dia de abertura das bolsas após a confirmação da vitória eleitoral do democrata Joe Biden à Presidência dos Estados Unidos, o Ibovespa fechou em alta de 2,57%, a 103.515 pontos, patamar alcançado pela última vez desde o início de agosto. O apetite ao risco segue o mercado internacional, que se animou com a ampla vantagem em colégios eleitorais de Biden em relação a Trump, o que assegura melhor a sua vitória mesmo com uma contestação do atual presidente na Justiça, Além disso, houve as boas notícias sobre os avanços nas pesquisas sobre a vacina da Pfizer com a BioNTech, que teria 90% de eficácia. Grande parte do mercado está antecipando uma aprovação desse imunizante pela FDA (Food and Drugs Administration, agência de regulamentação americana) até o fim deste ano para o uso público, o que gera expectativa sobre a reabertura econômica.

O índice Dow Jones fechou em alta de 2,95%, aos 29.157,97,26 pontos, patamar perdido em fevereiro, antes da pandemia, enquanto o S&P 500 encerrou em alta de 1,17%, a 3.550,5 pontos. As ações que tiveram maior alta foram as ligadas aos setores impactados pelo fechamento da economia, como petróleo, aéreas e hotelaria. Por outro lado, a Nasdaq, a bolsa das empresas de tecnologia, fechou em queda de 1,53%, em um dia de realização de lucros. Essa dicotomia entre os dois setores na aprovação da vacina endossa como, diferentemente de outras crises, como do subprime, a Covid-19 prejudicou diretamente setores que exigem contato físico. O surgimento de uma vacina inverte esse ciclo e, no Brasil, as empresas que mais subiram foram Gol, Azul e Embraer, ligadas ao setor aéreo, e as gestoras de shopping centers.

Além da vacina, as bolsas foram influenciadas fortemente pelo fim de um longo período de grandes incertezas que antecedeu as eleições presidenciais dos EUA. No início da campanha eleitoral, a eleição de Biden assustava os mercados porque os democratas são mais favoráveis a gastos públicos e cobrança de impostos, diferentemente da política liberal de Donald Trump. Nessa segunda-feira, 9, o risco de duas das preocupações dos investidores diminuiu: em primeiro lugar, Biden venceu com 290 votos contra 214 votos de Trump, ou seja, mesmo se o republicano for à Justiça, há grandes chances de essa ser uma batalha perdida. Em segundo lugar, aproxima-se a definição de um Senado com maioria republicana, o que garantirá que muitas das políticas defendidas pelos democratas serão barradas no Congresso. Isso acalma as empresas sobre possíveis taxações, o que impulsiona as bolsas. “Foi uma tempestade perfeita, uma eleição americana resolvida e uma precificação de que o presidente eleito não terá um cheque em branco para cumprir suas promessas de campanha”, diz Erminio Lucci, CEO da BGC Liquidez.

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