O número de empregos formais no Brasil recuou 1.321.994 em vagas em 2016, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho. Apenas em dezembro, foram fechadas 462.366 vagas, a vigésima primeira queda mensal seguida. O resultado no ano é o saldo de 14.738.646 admissões contra 16.060.640 demissões no período, na série com ajustes sazonais.
Este é o segundo ano seguido de queda nas vagas formais, mas o saldo negativo é menor que o registrado em 2015, quando foram registradas 1.534.989 demissões a mais do que contratações. A redução vista em dezembro de 2016 também é menor do que a de um ano antes, quando o saldo negativo foi de 596.208 vagas.
Em relação a setores, a queda foi generalizada, exceto pelos dados positivos registrados na indústria de calçados (4.417 vagas criadas em 2016) e por serviços médicos e odontológicos (39.759 vagas). Ambos os setores reverteram resultados negativos vistos em 2015 (de -14.851 e -2.683, respectivamente. A maior variação negativa no acumulado entre janeiro e dezembro foi na Construção Civil, de 13,48%, decorrente de 358.679 vagas a menos no período.
Exceto por Roraima, que registrou saldo positivo de 84 vagas em 2016, todos os estados apresentaram número de demissões maior que o número de contratações no ano. O estado com a maior perda relativa foi o Rio de Janeiro, com -6,36% postos a menos em relação a 2015. Em números absolutos, os estados com mais perdas foram São Paulo (395.288), Rio de Janeiro (237.361) e Minas Gerais (117.943).