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Bolsonaro rebate crítica de Mourão a 13º salário: ‘Ofensa a quem trabalha’

Na última terça-feira, Mourão classificou o direito trabalhista como 'jabuticaba'. Presidenciável fala em 'desconhecimento' da Constituição

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 set 2018, 10h50 - Publicado em 27 set 2018, 14h31
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  • O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, reagiu às críticas de seu vice, general Hamilton Mourão, contra o 13º salário, reveladas por VEJA nesta quinta-feira 27. Na última terça-feira, 25, em uma palestra na Câmara de Dirigentes Lojistas de Uruguaiana (RS), Mourão classificou o direito como “jabuticaba” – isto é, que só ocorre no Brasil – e afirmou que “se a gente arrecada doze, como é que nós pagamos treze?”.

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    No início desta tarde, por meio de sua conta no Twitter e seu perfil no Facebook, Bolsonaro disse que o 13º salário “está previsto no art. 7º da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas (não passível de ser suprimido sequer por proposta de emenda à Constituição”. Sem citar diretamente seu companheiro de chapa, o presidenciável afirmou que criticar o direito “além de uma ofensa à [sic] quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição”.

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    Esta foi a segunda vez que o candidato do PSL foi às redes sociais para tratar de uma declaração de assessores seus sobre economia. Ele já havia feito isso na semana passada, após o jornal Folha de S. Paulo publicar que o economista Paulo Guedes, escolhido de Jair Bolsonaro para comandar a Economia em um governo seu, disse em uma reunião reservada com investidores que pretende criar um imposto aos moldes da CPMF, o imposto sobre transações financeiras.

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    No caso de Guedes, contudo, o tom foi bem mais brando do que com Hamilton Mourão. No mesmo dia em que a notícia foi publicada pelo jornal, Bolsonaro escreveu que a informação “não procede” e a classificou como “mal intencionada”. “Ninguém aguenta mais impostos, temos consciência disso”, tuitou. 

    Dois dias depois, voltou a rebater: “votei pela revogação da CPMF na Câmara dos Deputados e nunca cogitei sua volta. Nossa equipe econômica sempre descartou qualquer aumento de impostos”.

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    Jair Bolsonaro não comentou a crítica de Mourão em relação ao pagamento do adicional de férias aos trabalhadores, igualmente tachado como “jabuticaba” pelo general reformado do Exército. “É complicado, e é o único lugar em que a pessoa entra em férias e ganha mais, é aqui no Brasil. São coisas nossas, a legislação que está aí, é sempre aquela visão dita social, mas com o chapéu dos outros, não é com o chapéu do governo”, disse Hamilton Mourão em Uruguaiana.

    Em sua explanação, o vice de Bolsonaro disse que, em um governo do deputado federal, seria feito um ajuste fiscal com “disciplina fiscal”.

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    “Terá que ser produzido um ajuste fiscal, se não for produzido um ajuste fiscal o governo vai fechar. Isso vai importar em sacrifício de toda ordem, quem está dizendo que vai ser anos maravilhosos logo no começo está mentindo escandalosamente para a população”, afirmou ele, que propôs “enxugamento do Estado”, “liberalização financeira”, “desregulamentação”, abertura comercial e revisão progressiva de desonerações.

    Mourão ainda comparou os brasileiros à cigarra da fábula A Cigarra e a Formiga ao falar sobre juros e por que, na sua visão, “o capital custa caro” no Brasil. “Nós somos um país de poupança baixa, o brasileiro poupa pouco, nós somos muito mais cigarras do que formigas, infelizmente”, lamentou.

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