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Bolsa opera em queda e dólar sobe a R$ 4,21 com tensão sobre coronavírus

Brasil segue mercados mundiais preocupados com as consequências do vírus que já matou 81 pessoas na economia chinesa

Por Larissa Quintino Atualizado em 27 jan 2020, 11h21 - Publicado em 27 jan 2020, 11h15
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  • O temor que o avanço do coronavírus desacelere a economia chinesa faz com que o Ibovespa, principal índice acionário do país, opere em queda nesta segunda-feira, 22, acompanhando os mercados mundiais. Por volta das 11h10, o indice caía 2,28%, aos 115.576  pontos. A preocupação também reflete no dólar comercial, negociado a 4,21 reais, alta de 0,73%.

    O número de mortos pela doença subiu para 81 nesta segunda-feira. Para tentar conter a disseminação do virus, o governo estendeu o feriado do Ano Novo Lunar até o dia 2 de fevereiro, com isso, grandes empresas estão fechadas. Em Xangai, muitas fábricas fecharam às portas e estão temporariamente paradas por instrução do governo local. O período de paralisação deve durar até pelo menos 10 de fevereiro.

    O número total de casos confirmados na China aumentou cerca de 30%, para 2.744, mas alguns especialistas suspeitam que o número de pessoas infectadas seja muito maior. O vírus já se espalhou para mais de 10 países, incluindo Estados Unidos, França, Austrália e Cingapura. O índice Nikkei (Japão) teve a maior queda em cinco meses, caindo 2,03%, refletindo as preocupações com o coronavírus. O Dax, na Alemanha, apresentou queda de 2,49%.

    Segundo o Pablo Spyer, diretor da Mirae Asset, a preocupação dos mercado é com as consequências das medidas no Produto Interno Bruto (PIB) chinês. “As determinações do governo com proibição de viagens, fechamento de áreas que são focos do vírus e cancelamento das festividades do Ano Novo geram preocupação nos investidores que a economia global pode desacelerar, já que a segunda maior economia do mundo está parada”.

    Além da preocupação com o coronavirus e o impacto na produtividade chinesa, os mercados também reagiram mal à diminuição da confiança de empresários alemães. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira, o índice de clima de negócios no país caiu de 96,3 para 95,9 em janeiro. “De um lado temos a segunda maior economia do mundo afetada por um vírus, de outro, a maior economia europeia com dados ruins.” 

    Nos mercados internacionais, a aversão a risco impulsionava o dólar contra boa parte das divisas arriscadas, como iene chinês, dólar australiano, peso mexicano, lira turca e rand sul-africano. Contra uma cesta de moedas, a divisa dos EUA operava perto da estabilidade, enquanto recuava ante o iene japonês, considerado aposta segura.

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