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Auditoria da ‘caixa-preta’ foi ‘mal interpretada’, diz presidente do BNDES

Gustavo Montezano disse que apurações como a que foi feita na instituição são mesmo caras e afirmou que banco está recuperando sua reputação

Por Da Redação Atualizado em 22 jan 2020, 14h19 - Publicado em 22 jan 2020, 13h28
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  • O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, disse nesta quarta-feira, 22, que a auditoria interna que prometia abrir a “caixa-preta” do banco, criticada em razão do custo e de não ter  encontrado evidência de corrupção, foi “mal interpretada”.

    Na segunda-feira 20, o jornal O Estado de S.Paulo reportou que o BNDES gastou 48 milhões de reais na auditoria, que após 1 ano e 10 meses de investigações produziu um relatório que não apontou nenhuma evidência direta de corrupção em operações com a JBS, o grupo Bertin e a Eldorado Brasil celulose.

    Montezano disse que, quando assumiu o BNDES em meados de 2019, 90% do relatório já estava pronto e que a nova administração do banco de fomento apenas deixou a consultoria terminar o trabalho e, após receber o relatório, divulgou uma versão resumida para a população e entregou a completa às autoridades.

    “Tivemos essa notícia que foi mal interpretada pela sociedade novamente”, afirmou Montezano, que participa do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. “Dentro da nossa política de divulgar tudo o que achamos que é necessário, a gente recebeu essa informação e soltou para o mercado”, acrescentou.

    Montezano também acrescentou que auditorias como a que foi feita no BNDES costumam ser caras e, por isso, o valor não chamou a atenção no momento em que ele assumiu o banco. O executivo, contudo, ponderou que o valor é, sim, significativo.

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    Ele considerou “muito perigosa e até infeliz” qualquer comparação entre o BNDES e a Petrobras, destacando que na petrolífera de controle estatal houve provas de crimes e má gestão fiduciária, com pessoas confessando crimes dentro da diretoria, diferente do banco de fomento. Montezano destacou que o BNDES está na ponta oposta, com nada provado contra nenhum diretor ou funcionário até hoje.

    Ele reiterou que uma preocupação fundamental do BNDES atualmente é recuperar a reputação do banco, o que ele avaliou que já está acontecendo. “O trabalho está dando resultado”, disse.

    A “abertura da caixa-preta” do BNDES era uma das principais promessas de campanha de Jair Bolsonaro. O presidente costuma apontar problemas em empréstimos do banco para países como Cuba e Venezuela durante os governos petistas.

    (Com Reuters)

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