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A relação entre a rescisão de Cristiano Ronaldo e a bolsa de Nova York

O anúncio de intenção de venda do clube inglês de futebol Manchester United e a rescisão contratual de Cristiano Ronaldo causaram alvoroço no mercado

Por Luana Zanobia Atualizado em 24 nov 2022, 13h05 - Publicado em 24 nov 2022, 12h13
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  • O anúncio de intenção de venda do clube de futebol inglês Manchester United e a rescisão contratual da estrela do time, Cristiano Ronaldo causaram alvoroço no mercado esportivo, na quarta-feira, 23, mesmo com a Copa do Mundo já correndo solta. As ações do clube dispararam 25% na bolsa de Nova York (Nyse) após os eventos.

    Em comunicado, o clube disse que a diretoria está começando um processo para “explorar alternativas estratégicas para aumentar o crescimento”, considerando um “novo investimento, uma venda ou outras possíveis transações envolvendo a empresa”. Com o clube avaliado em 4,6 bilhões de dólares (cerca de 24 bilhões de reais na cotação atual), a rescisão de Cristiano Ronaldo pode ser uma estratégia importante para a venda do time. O jogador português possui o maior salário da Premier League, cerca de 3 milhões de reais por semana. A saída do craque tira um peso grande da folha de pagamento do time, deixando o cube com contas melhores pra ser vendido, num momento que o sucesso esportivo tem se mostrado elusivo frente a concorrência com outras potências do futebol inglês atual, como Liverpool, Manchester City e Chelsea.

    A família americana Glazer comprou o Manchester United em 2005, desembolsando cerca de 800 milhões de libras (cerca de 5,1 bilhão de reais na cotação atual) para controlar o clube, mas o comando foi marcado por polêmicas e críticas dos torcedores, instaurando uma verdadeira crise no clube. A venda, no entanto, não é algo exclusivo ao tradicional time, dos mais vencedores do país.

    O United pode se juntar a uma sequência de transações recentes. No ano passado, o Newcastle United foi vendido por 415 milhões de dólares para o fundo soberano da Arábia Saudita — que agora se junta ao City e ao Paris Saint-Germain entre os times controlados por membros de dinastias árabes. Neste ano, o russo Roman Abramovich vendeu o Chelsea por 3,1 bilhões de dólares, depois de ter levado a equipe ao topo do mundo em 2021 e mais de uma década de fortes envolvimentos. As sanções aos bilionários russos por conta da guerra na Ucrânia forçaram o negócio.

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