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Weinstein é alvo de nova ação de US$ 10 milhões em Nova York

Ação foi apresentada por uma ex-produtora associada da série Marco Polo, exibida pela Netflix

Por agência France-Presse
22 dez 2017, 16h55

O produtor de cinema caído em desgraça Harvey Weinstein e sua ex-empresa — da qual foi demitido — são alvo de uma ação de 10 milhões de dólares, apresentada por uma ex-produtora associada da série da Netflix Marco Polo.

O processo, aberto por Alexandra Canosa na Suprema Corte de Nova York na quarta-feira, acusa Weinstein, que tem 65 anos e é pai de cinco filhos, de “feridas físicas substanciais, dor, sofrimento, humilhação e angústia mental”. E quer uma indenização de mais de 10 milhões de dólares. “As causas da ação legal se baseiam em assédio sexual repetido, intimidação sexual, abuso emocional, agressão e violência contra a autora do processo por parte do acusado, Harvey Weinstein, durante vários anos até 2017″, segundo a demanda.

Os abusos teriam ocorrido quando Canosa era funcionária de Weinstein e da Weinstein Company. Ela foi produtora associada de Marco Polo, da qual Weinstein era produtor executivo.

Ainda segundo os documentos do processo, Weinstein “deixou claro que se ela não realizasse os seus desejos, ou se expusesse sua conduta indesejada, haveria represálias, incluindo humilhação, perda do emprego e de qualquer chance de trabalhar no meio do entretenimento”. Canosa afirma também que a empresa produtora “facilitou, escondeu e apoiou sua conduta ilegal” e que membros da diretoria “sabiam, ou deveriam saber”, sobre a conduta de Weinstein e “não agiram para corrigir ou frear”.

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Mais de 100 mulheres já acusaram Harvey Weinstein de abusos que vão de assédio sexual a estupro, desde que o jornal The New York Times e a revista The New Yorker revelaram sua conduta. O escândalo acabou com a sua carreira. Foi demitido pelo estúdio de cinema que leva seu nome em 8 de outubro e já enfrenta várias outras ações.

Weinstein nega as acusações de sexo não consensual e diz que nunca fez represálias contra mulheres por negarem seus avanços.

De acordo com a lei americana, a violência pode incluir feridas físicas, mas também contato insultante, ou ofensivo, o que inclui tocar em alguém de forma hostil, contra a sua vontade.

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