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Tom Zé evita política: ‘Vigiada por desbocados de todas as tendências’

Cantor, que repassa carreira, considera a internet a grande revolução desde ‘Tropicália’, por educar Emicida e outros que 'confortam' o seu coração

Por Redação
Atualizado em 31 jul 2018, 16h20 - Publicado em 31 jul 2018, 14h25
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  • No ano em que se comemora o meio século de Tropicália ou Panis et Circencis, o baiano Tom Zé, um dos participantes do disco-manifesto que sacudiu o cenário cultural brasileiro em plena ditadura militar, vê o legado tropicalista onipresente – ainda que difícil de notar – na música nacional atual. “A Tropicália foi um escândalo em 1968. Ela se introduziu sorrateiramente em todos os estilos e só um crítico com muita acuidade pode sair pescando sua presença”, diz o cantor, que, apesar do paralelo entre os dois momentos políticos conturbados, evita se envolver com política hoje.

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    “O cenário político é o político-cenário. Vigiado pelos desbocados de todas as tendências. Não me meto com esse negócio”, diz, no melhor estilo de ser de Tom Zé, que não nomeia os “desbocados”.

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    O cantor e compositor, que ganhou nesta terça-feira uma homenagem do serviço de streaming Deezer, com um podcast que repassa a sua carreira, exalta a internet como a grande revolução desde o tropicalismo. Para ele, a internet contribuiu para a educação de artistas que “confortam” o seu coração, como Emicida, Rincón Sapiência, Criolo, Projota e Rashid, que ele ouve diariamente. “Me admira muito o efeito que YouTube, Google e outros aplicativos exerceram na educação desses abandonados”, diz.

    “Quem mudou o cenário musical, principalmente, foram as novas mídias. Eu tenho ouvido muitos conjuntos de periferia que nem chegaram perto do disco, mas me dão grande alegria. Ora, no cenário musical atual, o funk e grande parte da música chamada popular só tiveram um misericordioso meio de aprender e excitar o cérebro neste nosso mundo sem escolas: foi a internet. Essa é a maior mudança no cenário musical.”

    Segundo Tom Zé, quando começou, o artista precisava fazer “pequenas traquinagens” para aproveitar a técnica de gravação de então, distante da atual, a seu favor. Mas isso não o limitou. Como também não o restringiu o complexo de inferioridade que o baiano de 82 anos, casado com uma psicanalista, já admitiu ter sentido. “Meu complexo de inferioridade é que me arranca da inferioridade.”

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