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Tatiana Maslany, a Mulher-Hulk, a VEJA: “Queriam me ver bombada”

A atriz canadense conta como foi assumir o papel da prima do grandalhão verde em nova série do Disney+ e enfrentar julgamento dos fãs nerds

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 12h29 - Publicado em 19 ago 2022, 06h00
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  • Qual é a melhor parte de ser a heroína de Mulher-Hulk: Defensora de Heróis? Há um senso de humor muito especial e situações inesperadas nessa série. A Mulher-Hulk não é como um super-herói típico, ela foge do que as pessoas esperam de um deles, e estou animada em apresentá-la ao público.

    Acredita que a trama leva uma mensagem além da fantasia ao espectador? Há ideias realmente interessantes sobre a raiva que as mulheres carregam e como elas a controlam. A série também aborda a expectativa sobre o que é ser mulher, e como a sociedade projeta até como devemos agir se tivermos certo tipo de corpo. A forma como lidamos com essas questões é o que nos torna pessoas poderosas ou não, e define como essa força será usada.

    Na série Orphan Black (2013-2017) você interpretava doze clones com personalidades diferentes. Agora, na produção do Disney+, sentiu dificuldade em fazer uma personagem só, que se divide entre ser a advogada Jennifer Walters e a heroína verde? A parte mais desafiadora foi me transformar na Mulher-Hulk sem saber como era realmente o visual dela. Não dava para me ver no espelho, já que o corpo da Mulher-Hulk foi construído completamente com efeitos visuais. E aqui, mesmo sendo uma história desse universo de super-heróis, a comédia está muito presente e mostra um monte de coisas que acontecem no mundo real com as mulheres no trabalho e na vida pessoal.

    Como reagiu, aliás, às críticas dos fãs sobre os efeitos visuais pobres do primeiro trailer, em que a personagem foi comparada com o protagonista da animação Shrek (2001), bem distante da qualidade de Vingadores (2012)? Eu acho que críticas são válidas. Mas sei que há grandes profissionais da Disney trabalhando muito mais rápido que qualquer artista gráfico deveria trabalhar. Então, eu me sinto até advogada deles sobre isso, defendo mesmo, porque vi o resultado final e é incrível. Eu sei que queriam me ver mais bombada, musculosa, mas isso também diz muito sobre as altas expectativas arraigadas na sociedade sobre corpos femininos e como eles devem ser vistos nas telas.

    O que imagina que os amantes da Marvel vão apreciar mais na série? Até quem não é fã desses heróis, ou não viu todos os filmes, vai encontrar algo para se identificar. Porque não é só uma história de heróis, é sobre pessoas comuns também.

    Publicado em VEJA de 24 de agosto de 2022, edição nº 2803

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