Depois de cinco meses sem shows em função da pandemia de coronavírus, o sertanejo Luan Santana dispensou sua equipe de estrada nesta terça-feira, 14. Sem previsão de retorno aos palcos e com os faturamentos zerados, o desligamento foi uma decisão estratégica para que os funcionários – contratados em regime CLT – pudessem ter acesso aos direitos trabalhistas. Segundo comunicado da assessoria do cantor, os trabalhadores serão recontratados assim que a situação se normalizar.
Longe dos palcos, o desligamento deve impactar em um primeiro momento na dinâmica de contratação das lives do sertanejo, famosas por sua estrutura elaborada e pela multidão de espectadores que arrastam para o seu canal oficial no YouTube. Procurada por VEJA, a assessoria esclareceu que, enquanto a situação não se normaliza, todos os profissionais necessários para a produção e execução de eventos futuros, sejam eles as já tradicionais lives ou eventuais participações em programas de televisão, serão contratados em um regime de diárias e remunerados com base nos valores pré-determinados pela categoria – os profissionais envolvidos serão aqueles que já compunham a equipe original de Luan.
Entre banda, técnicos e produtores, a equipe contava com cerca de 20 colaboradores. De acordo com o comunicado, foram garantidas todas as remunerações até 5 de agosto e os acertos rescisórios compreendem todos os direitos previstos em lei, como férias, 13º salário, multa de 40% sobre o FGTS e a entrega da documentação necessária para habilitação dos colaboradores no programa do seguro desemprego.
Até o momento, não há previsão para que os shows voltem a acontecer, mas “com a esperança e o desejo de que o mercado artístico-musical se normalize o mais rápido possível”, o comunicado informa que os funcionários desligados terão prioridade na recontratação para o regime tradicional assim que possível.