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Ryan Reynolds sobre fãs brasileiros: ‘Quase quebraram minha perna’

Em entrevista a VEJA, o ator falou sobre o acidente na Comic Con e de sua estreia no streaming com o novo filme de ação da Netflix, 'Esquadrão 6'

Por Eduardo F. Filho Atualizado em 13 dez 2019, 16h17 - Publicado em 13 dez 2019, 15h30

O que acontece quando as pessoas morrem? Essa é pergunta que Ryan Reynolds e o elenco de Esquadrão 6, novo filme de ação da Netflix, que estreia nesta sexta-feira 13, prometem responder. Os fãs de Missão Impossível e o Exterminador do Futuro, assim como os apaixonados por muita ação, explosões e embates violentos estarão representados com a nova produção dirigida por Michael Bay (Transformers e Tartarugas Ninjas).

A trama conta a história de um bilionário (Ryan Reynolds) que recruta um grupo de pessoas que, para todos os efeitos, não existem. Eles tiveram suas mortes declaradas oficialmente – “sem antecedentes criminais, carteira de identidade e casamentos familiares chatos”, como essas figuras-fantasmas se descrevem. Na trama, são selecionadas para livrar o mundo de pessoas maléficas – incluindo um ditador cruel.

Além de Ryan, estão no elenco: Ben Hardy (Bohemian Rhapsody), Mélanie Laurent (Bastardos Inglórios), Adria Arjona (Good Omens), Dave Franco (Vizinhos) e Corey Hawkins (Infiltrado na Klan). 

Reynolds, que esteve no Brasil para promover o filme na Comic Con Experience 2019, recebeu a reportagem de VEJA de moletom e óculos de grau, no hotel onde estava hospedado em São paulo. Na entrevista, falou sobre o acidente que sofreu durante o evento, o êxodo dos atores de Hollywood para o streaming e a ascensão das novas plataformas como a Netflix. Confira:

No sábado 7, durante a Comic Con, a estrutura que separava os fãs cedeu e quase caiu em cima de você. O que houve?

Antes de mais nada, preciso dizer que os fãs brasileiros são cinquenta vezes mais apaixonados do que os da Comic Con em San Diego (Califórnia). É algo totalmente diferente. E você se sente parte deles também. É surreal, e eu adorei. Mas essa paixão quase quebrou minhas pernas.

Você teve um reflexo de gato. Pulou na hora certa para a passarela novamente. A experiência física em filme de ação a ajuda a ter reflexos rápidos?

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Sim, e muito! Eu vi que eles estavam fazendo uma força extra na estrutura, tentando chegar perto de mim. E eu falava para eles terem calma. Mas acho que não me ouviram, porque a estrutura cedeu com tudo. Quando caiu, percebi que, se eu ficasse ali parado, iria quebrar minha perna. Eu precisava sair dali o quanto antes. Depois que a barreira caiu, fiz questão de descer e ver se estavam todos bem. O importante é que ninguém se feriu.

O ator Ryan Reynolds como Deadpool em 'X-Men Origens: Wolverine', de 2009

Mesmo tendo feito filmes de ação como Dupla Explosiva e Blade Trinity, seu forte sempre foram as comédias. Como foi sair da curva mais uma vez e fazer uma trama de ação? 

Eu concordo com você. Minha linha é o humor: eu me acho uma pessoa engraçada, mas não sei dizer como isso começou. Eu apenas gosto de fazer as pessoas sorrirem. É maravilhoso poder sair da sua zona de conforto e estender os limites, mas, ao mesmo tempo, é importante você manter um pé na sua área. Tem alguns momentos de humor neste filme, que eu quis colocar no personagem para ele não parecer totalmente mal-humorado. Talvez eu esteja nessa nova etapa de fazer filmes de ação cômicos.

Você considera que tem físico para um ator de ação?

Eu realmente não tenho. Não me vejo como um cara musculoso, todo tatuado, que, quando chega na rua explodindo as coisas ou segurando uma arma, faz as pessoas saírem correndo. Sempre tive esse autoconhecimento sobre mim. Sou aquele ator alto, magro, engraçado e que fala de forma irônica. Essa é minha zona de conforto. Michael Bay é que vai fundo nessa coisa de criar um cara imbatível. Mas eu não sou assim. Gosto de personagens que ficam no meio: fazem loucuras, mas ao mesmo tempo são humanos e têm medo de fazer essas loucuras.

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CINEMA – Samuel L. Jackson e Ryan Reynolds em Dupla Explosiva: bobagem divertida e competente

As estrelas de Hollywood têm feito muitos trabalhos para o streaming. O que isso significa?

O streaming está crescendo bastante. Os atores, assim como os criadores, diretores, roteiristas e produtores estão recebendo muitas oportunidades novas com toda essa leva de produções. Isso é incrível, muito importante. Agora não temos apenas os estúdios tradicionais. A Netflix em Los Angeles, por exemplo, parece uma cidade cenográfica. Você encontra o Di Caprio e o Tarantino sentados na esquina. Will Smith andando pelo pedaço. Muitas estrelas que antes só víamos nos grandes estúdios.

E para você, o streaming é realmente o futuro?

Eu não sei. Eu acho que o streaming nunca irá – e nem poderia – substituir a experiência do cinema. As pessoas ainda adoram ver filmes nas telas grandes. Eu acabei de levar meus filhos ao cinema. Foi uma grande experiência. No final das contas. tem espaço para todo mundo.

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