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Rock in Rio: expectativas (boas e ruins) para a 1ª edição desde a pandemia

Reconhecido como patrimônio cultural imaterial do Rio de Janeiro, o festival se tornou uma marca onipresente na cidade

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 set 2022, 13h32
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  • Com uma escalação que mescla de artistas que nunca se apresentaram no Rock in Rio, como Dua Lipa, Justin Bieber, Megan Thee Stallion, Maneskin e Post Malone, com velhos conhecidos, como Capital Inicial (que já tocou seis vezes no Rio de Janeiro e uma vez em Portugal) e Ivete Sangalo (que tocou cinco vezes no Rio e outras nove entre Lisboa, Madri e Las Vegas), o festival começa nesta sexta-feira, 2, com a promessa de ser uma das maiores edições da história. Dos artistas internacionais, Guns N’ Roses e Iron Maiden lideram com quatro shows cada.

    Com os ingressos esgotados, o Rock in Rio reunirá em seus sete dias de evento cerca de 700 mil pessoas no Parque Olímpico, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o equivalente a 10% da população da capital fluminense. Não por acaso, o festival é indiscutivelmente um dos eventos mais famosos da cidade, mas o hype em cima dele é tão grande que a sensação às vésperas da abertura dos portões é a de que se trata do evento mais importante do Brasil nos últimos 200 anos. E olha que entre os dois finais de semana de Rock in Rio acontece o bicentenário da Independência (mas alguém ainda se lembra disso?). Nesta quinta-feira, 1º, a cidade amanheceu vestida para o festival com a marca do Rock in Rio estampada em todos os lugares: no aeroporto e dentro dos aviões, em outdoors e bancas de jornais, nas padarias, no Uber, além de reportagens ad nauseam na TV e nas rádios destrinchando até a cor da cueca de um roqueiro qualquer.

    Tanto interesse faz sentido. Neste ano, serão 670 artistas, mais de 250 shows em 500 horas de entretenimento. Cerca de 60% dos ingressos vendidos foram para fora do estado do Rio de Janeiro trazendo para a cidade 1,7 bilhão de reais em impacto econômico, através da rede hoteleira (que está 100% preenchida), comércio e pontos turísticos e da geração de 28 mil empregos (entre diretos e indiretos), segundo dados divulgados pela organização do festival. Na esfera pública, o apoio não é menor. O estado e o município do Rio de Janeiro reconhecerem o Rock in Rio como patrimônio cultural imaterial do Rio de Janeiro. O prefeito Eduardo Paes decretou ponto facultativo municipal na sexta-feira, chamado de “Dia do Reencontro”, como forma de celebrar um ano do início das medidas de flexibilização das restrições adotadas durante a pandemia – e, obviamente, também para celebrar o início do Rock in Rio.

    Nesta sexta-feira, o festival será aberto com a noite do metal, com shows de Sepultura, Iron Maiden, Dream Theater, Living Colour + Steve Vai, Black Pantera, Ratos de Porão, Gangrena Gasosa, entre outros. No sábado, o dia será dedicado à música eletrônica, com shows de Alok, Jason derulo, Marshmello e Post Malone. Mas também terá apresentações de rap com Criolo e Racionais MC’s. O primeiro fim de semana será encerrado com atrações pop, com Jota Quest, Demi Lovato e Justin Bieber, além de Gilberto Gil, Emicida e Luísa Sonza.

    Embora o festival se esforce para garantir que todas as atrações anunciadas irão se apresentar, no passado já ocorreram cancelamentos de última hora, como Lady Gaga em em 2017. Neste ano, há o receio de que o mesmo possa ocorrer com Justin Bieber. O cantor revelou ter uma condição chamada síndrome de Ramsay Hunt, que causa paralisia facial e ainda não se recuperou completamente. Oficialmente, o Rock In Rio confirma o show do cantor.

    Para quem não vai ao festival, resta a opção assistir pela TV. O canal Multishow vai transmitir todos os shows do palco Mundo e Sunset a partir das 15h. O Bis vai transmitir os shows dos palcos Espaço Favela e New Dance Order, a partir das 17h30. Também é possível acessar os canais pelo Globoplay.

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