Reginaldo Leme, de 74 anos, não pertence mais ao quadro de jornalistas da Rede Globo, emissora em que trabalhou por 41 anos. Por e-mail, a assessoria de comunicação do canal confirmou a informação a VEJA: “Reginaldo Leme não faz mais parte do time de comentaristas da Globo”. Rumores surgiram na quarta-feira, 27, quando vazou a informação de que o apresentador teria enviado um e-mail à redação de esporte do canal, se despedindo — à reportagem de VEJA, na mesma data, Leme afirmou que não pediu demissão, e que a “situação ainda não estava clara”. Até o momento, o jornalista não se pronunciou oficialmente sobre a saída.
Nascido em Mato Grosso, Reginaldo Poliseli Leme cobre o mundo automobilístico desde 1972. Acompanhou de perto as oito conquistas de títulos mundiais por pilotos brasileiros e cerca de 450 grandes prêmios. Formou uma dupla imbatível ao lado do locutor Galvão Bueno.
Entre seus muitos feitos jornalísticos, está a apuração do Singapuragate, no qual revelou que o piloto de fórmula 1 Nelsinho Piquet havia batido seu carro de propósito para atender a um pedido da escuderia Renault. Leme foi o primeiro a divulgar que Piquet teria agido de má fé, fato que deu início a uma pesada investigação na modalidade. O jornalista também colabora para o jornal O Estado de S. Paulo. No início de novembro, ele retirou um nódulo benigno do pulmão. Sua última participação na Globo foi a cobertura da etapa de Goiânia de Stock Car, no domingo, dia 24, logo, ele estará de fora do GP de Abu Dhabi no próximo fim de semana.