Personagem do imaginário popular e, agora, de Novo Mundo, a novela das 6 da TV Globo, a marquesa de Santos, célebre amante de dom Pedro I, aos poucos deixa o rodapé da história para ganhar personalidade, ambição e protagonismo. Documentos pouco estudados, alguns inéditos, mostram que a paulista Domitila de Castro Canto e Melo foi muito mais interessante que a personagem retratada no folhetim global – e estava longe de ser uma vilã sem escrúpulos. Entre eles está uma coleção de bens e joias que revelam como a favorita do imperador acumulou, ao longo de sua vida, uma fortuna de 120 milhões de reais.
“Domitila era plural, muito mais que uma amante”, resume o historiador Paulo Rezzutti, que está relançando seu livro Domitila – A Verdadeira História da marquesa de Santos, de 2013, que reúne os documentos reveladores. A descoberta mais significativa, em termos históricos, é um antigo diário com anotações a respeito do paradeiro desconhecido do primeiro filho do casal de amantes. Reportagem de VEJA desta semana detalha este capítulo pouco explorado da história daquela que ficou conhecida como a grande responsável por abalar a reputação do imperador na realeza europeia.
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