Os homenageados da segunda noite de desfiles do Carnaval
Unidos de Vila Isabel e Mocidade Alegra levam a história de Martinho da Vila e Clementina de Jesus para a avenida

Nesse sábado, 23, as escolas de sambas de São Paulo e Rio de Janeiro voltam para a avenida para mais um dia de desfiles. Se na noite anterior a Sapucaí e o Anhembi foram palco de homenagens a figuras como o humorista Paulo Gustavo, a escritora Carolina Maria de Jesus e o sambista Adoniran Barbosa, a sexta-feira verá o samba exaltar os feitos de Martinho da Vila e Clementina de Jesus.
Última escola a pisar na Sapucaí nesse sábado, a Unidos de Vila Isabel trará o enredo Canta, canta, minha gente! A Vila é de Martinho, em homenagem ao sambista que é presidente de honra da escola. Aos 84 anos, Martinho desfilará no chão e repleto de amigos e familiares, em uma ala com cerca de 140 pessoas que foram importantes na sua trajetória. O desfile comandado pelo carnavalesco Edson Pereira deve cobrir a vida de Martinho da infância na roça ao engajamento em causas socias, passando pelos sambas marcantes e relação d elonga data do sambista com a escola.
A cantora Clementina de Jesus, por sua vez, ganhará homenagem em São Paulo. A tradicional Mocidade Alegre é a terceira escola a entrar no Anhembi nesse sábado e trará para a avenida o enredo Quelémentina, Cadê Você?. Nascida no interior do Rio de Janeiro, Clementina começou a carreira na música aos 63 anos, quando foi descoberta por Hermínio Bello de Carvalho, enquanto cantava na Taberna da Glória. Neta de escravizados, a cantora que ajudou a popularizar o samba e se apresentou em eventos como o Festival de Cannes, na França, e o Festival de Arte Negra, no Senegal, havia trabalhado como empregado doméstica durante toda a vida até ser revelada na música. A escola paulista irá viajar através da história “reverenciando de joelhos a figura de uma mulher que é a cara do Brasil”, descreve a sinopse do enredo.
Martinho da Vila – Vila Isabel