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‘O público quer ver mulheres no centro das narrativas’, diz atriz de MIB

Tessa Thompson, que estrela o novo filme da franquia, falou a VEJA sobre seu papel no longa e a importância de movimentos como Me Too e Time's Up

Por Mabi Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jun 2019, 11h08 - Publicado em 13 jun 2019, 10h11

Eles sempre lutaram contra ameaças extraterrestres, mas agora o inimigo está mais próximo: no novo filme da franquia, os Homens de Preto devem lidar com um espião dentro da própria organização. Essa não é a única novidade em MIB: Homens de Preto – Internacional, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta, 13. Desta vez, uma mulher fará parte do time de agentes, papel que fica por conta de Tessa Thompson.

Em entrevista a VEJA durante a Comic Con Experience no final do ano passado, a atriz falou sobre sua personagem, a experiência de trabalhar com ficção científica, a importância de movimentos como Me Too e Time’s Up e trabalhos recentes. “Tenho sorte por ter um trabalho tão variado quanto o que eu tenho”, afirmou a americana, que atua na série Westworld e recentemente esteve em filmes como Creed: Nascido para Lutar, Thor: Ragnarok e Vingadores: Ultimato. Nestes dois últimos, ela trabalhou com Chris Hemsworth, com quem volta a dividir cena em MIB.

Confira a entrevista completa abaixo:

Nós sabemos muito pouco sobre sua personagem em MIB: Homens de Preto Internacional. O que você pode nos contar sobre ela? É uma jovem que teve uma experiência quando criança que a colocou em um caminho. Ela era obcecada por encontrar essa organização misteriosa e, quando consegue, se torna uma agente novata em Londres. Nos filmes anteriores, você via os agentes lutando contra ameaças intergalácticas, mas desta vez há uma possível ameaça dentro dos Homens de Preto, e ela (a personagem) é de grande ajuda para descobrir o que é.

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Você é uma garota muito intergaláctica. Eu sou uma garota intergaláctica! E eu amo isso, é divertido. Tenho trabalhado muito com ficção científica ultimamente, o que é muito legal.

Você acha que o gênero ficção científica está em ascensão? Sim, e o legal é que dentro da ficção científica você pode falar sobre coisas que nos afetam como seres humanos. O que eu amo em relação aos filmes originais da franquia é que eles falam sobre várias coisas, como imigração, por exemplo. Para mim, esses filmes são uma metáfora para a ideia de que nós podemos coexistir como seres humanos. E essa mensagem é importante em qualquer momento.

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Ter uma mulher entre os personagens principais de Homens de Preto pode ser considerado como um aceno aos movimentos Time’s Up e Me Too? Eu acho que não, porque os produtores desejavam dar continuidade à franquia havia um bom tempo. E as conversas sobre isso sempre começaram com a ideia de uma jovem que passa por uma experiência e dedica sua vida a encontrar essa organização até achar um jeito de entrar na agência. Essas conversas aconteciam bem antes de o Time’s Up existir na nossa indústria. Mas espero que, com filmes como esse, nós possamos criar um movimento que nos ajude a perceber que ter mulheres no centro das narrativas é algo que o público geral quer ver, não apenas o público feminino.

Algo mudou para você com o Time’s Up e o Me Too? Sim. Muita coisa. Há diversas discussões agora sobre inclusão e sobre como nós somos responsáveis por isso dentro da nossa indústria, e isso está levando a uma mudança de grande importância.

Como foi trabalhar com o Chris Hemsworth novamente? Foi ótimo, divertido. Ele é um bom parceiro.

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