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“O planeta é vulnerável”, diz o naturalista David Attenborough

Maior estrela mundial dos documentários sobre a natureza, o inglês de 94 anos diz que o Brasil lucraria mais se preservasse a Amazônia

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 jun 2021, 16h44 - Publicado em 15 jan 2021, 06h00

Em A Perfect Planet (BBC One), que deve estrear no Brasil este ano, o senhor inclui a ação do homem entre os fatores que causam transformações no planeta. Qual a importância de entender esse impacto? Creio que a maior parte da população já entendeu que estamos em um ponto crucial para a Terra. Nos aproximamos cada vez mais de grandes desastres, provocados especialmente pelo modo como tratamos o planeta. Mas podemos evitá-los, se entendermos quais são os perigos de nossa ação. Nosso planeta é maravilhoso, mas muito vulnerável.

Qual o real peso da ação humana sobre o meio ambiente, afinal? Existem três vezes mais seres humanos hoje do que quando comecei a fazer programas de televisão, há seis décadas. E a humanidade vem tratando o planeta muito mal. Se não encontrarmos uma maneira saudável de conviver com os recursos naturais, estaremos encrencados. Por isso, precisamos ter a consciência coletiva de que só um comportamento sustentável pode reverter a situação. Temos de reconhecer o problema e compreender com clareza quanto o futuro da Terra depende de como a tratamos hoje. Se continuarmos sem essa visão de futuro, será uma catástrofe.

A série demandou quatro anos de filmagem, em 31 países, entre eles o Brasil. Qual sua opinião sobre a situação ambiental por aqui? É de conhecimento geral que a Amazônia está sendo destruída. O Brasil tem uma participação essencial no clima global e suas ações afetam a todos nós no resto do mundo. Na próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP (programada para novembro de 2021), é importante que princípios sejam estabelecidos. Quando países diferentes fazem contribuições para o bem-­estar do mundo, eles devem chegar a um acordo econômico, uma forma de trabalhar em conjunto, não um contra o outro. Será maravilhoso quando o Brasil entender que é economicamente melhor deixar a floresta em pé do que derrubá-la.

O que o senhor espera da política ambiental brasileira? O mundo precisa, desesperadamente, de florestas vivas. Entre muitas funções, elas armazenam carbono, ajudando a manter a estabilidade do clima no globo inteiro. Logo, dependemos muito do Brasil. Qualquer árvore derrubada é um dano para a situação atual. Quanto mais árvores caírem, pior será. Se fosse possível acabar com a devastação agora, seria um ganho imenso.

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O que as pessoas, individualmente, podem fazer pelo meio ambiente? Reduzir as demandas que cada um de nós tem sobre o planeta. Pensar sobre a comida que consumimos, a quantidade de carne, e o tanto que jogamos fora. Preferir fontes de energia limpa, para não produzir poluentes. Se cada um de nós fizer um pouquinho, será uma contribuição de grande ajuda para o planeta todo.

Publicado em VEJA de 20 de janeiro de 2021, edição nº 2721

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