Novo ‘Piratas do Caribe’ é naufrágio da franquia para crítica
Entre escolha de elenco e direção, confira 5 pontos que deixaram a desejar na produção

O novo filme de Piratas do Caribe, A Vingança de Salazar, demorou para sair: foram seis anos desde o último da franquia. Embora a bilheteria tenha aumentado de uma produção para outra, o enredo só piorou. Com a saída de Orlando Bloom e Keira Knightley no terceiro filme, a trama vem afundando ainda mais. Por isso, confira 5 pontos que deixaram a desejar nessa nova produção, que já pode ser considerada a pior de toda a saga.
1. Pirata cansado

Com 38% de aprovação no Metacritic, — site que reúne a opinião de críticos de cinema — Piratas do Caribe está recebendo muitos comentários sobre o cansaço de Johnny Depp, que interpreta o protagonista Jack Sparrow e se envolveu em escândalos de violência doméstica no ano passado. A revista The Atlantic escreveu que o “Capitão Jack volta, apesar da originalidade do personagem ter gradualmente evoluído para quase o oposto, com uma espécie de atuação cansada e vagamente embaraçosa”.
2. Rotatividade no deck

Os dois novos personagens, interpretados por Brenton Thwaites e Kaya Scodelario, lembram muito os de Orlando Bloom e Keira Knightley, que formavam um casal nos três primeiros filmes da franquia. A semelhança, no entanto, não favoreceu os estreantes. Segundo o jornal The Guardian, a mudança no elenco foi tão lastimável quanto a fase de Muppets Babies ou o desenho do sobrinho pequeno de Scooby-Doo.
3. Uma longa jornada

O roteiro também foi alvo de muitas críticas, considerado pouco elaborado e sem muitas informações. O longa foi visto como lento e entendiante, mesmo com cenas do protagonista jovem, que contam sobre o seu passado. O The New York Times chegou a dizer que a produção mal é um filme, em função de suas “fantasias forçadas e falsas, que se tornam quase o perfeito oposto de entretenimento”.
4. Navio sem direção

A direção do filme não salvou os problemas de roteiro e elenco. Joachim Rønning e Espen Sandberg estão sendo acusados de deixar os atores perdidos nas cenas e abusar de efeitos visuais amadores, lançando mão de muita névoa. Para o Seattle Times, o trabalho da dupla é “um borrão 3D escuro e barulhento, em que os atores ficam correndo em círculo, procurando uma saída”.
5. O show deve continuar

E, mesmo assim, o final do filme indica que a franquia deve continuar — nem que seja em um prequel (uma história que contaria um momento anterior ao retratado nos filmes). Mas para os críticos, não há mais nada para ser dito. A Vingança de Salazar é a prova de que a franquia já está esgotada e não vale mais a pena, ou nas palavras do Los Angeles Times: “não há novos tesouros para serem encontrados nessa história, que foi puxada para baixo pela âncora de um modelo de franquia prescrita”.
Apesar das críticas, Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar deve arrecadar entre 230 e 285 milhões de dólares em sua estreia mundial neste final de semana, de acordo com o site Deadline, mostrando que a franquia continua agradando o público.