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No desfile das campeãs, vampiro desfila sem a faixa presidencial

O personagem da vice-campeã Paraíso do Tuiti, que fazia alusão a Michel Temer, trocou o acessório por uma gravata verde e amarela.

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 18 fev 2018, 10h05 - Publicado em 18 fev 2018, 09h11

Aclamada pelo público, a vice-campeã das escolas de samba do Rio, a Paraíso do Tuiuti, voltou ao sambódromo na madrugada deste domingo para o desfile das campeãs sem um dos principais elementos da apresentação. O “vampiro neoliberal” que fazia alusão a Michel Temer, trocou a faixa presidencial por uma gravata verde e amarela. A escola informou que o professor Léo Morais, que encarnava o personagem, perdeu a faixa ao final do primeiro desfile e não confeccionou outra.

Durante a exibição deste domingo, outra crítica a Temer foi retirada. Sobre o mesmo carro alegórico em que o “vampiro presidente” era o destaque principal,  o auxiliar administrativo Sérgio Lopes, de 38 anos, desfilava vestindo uma camisa da seleção brasileira e batendo panela. Dentro da frigideira, Lopes havia colado um papel onde se lia “Fora, Temer”. Ele ingressou na avenida assim, mas só conseguiu percorrer metade da pista com a mensagem. Ao notar o protesto, um dos responsáveis pela alegoria arrancou-lhe o papel. Questionado sobre a ação, o integrante disse que “manifestações desse tipo são proibidas”.

Ao final do desfile, o autor do protesto reclamou: “O enredo da escola era condizente com meu protesto. Se a escola está reclamando do Temer, por que eu não tenho o direito de reclamar também?”, disse Lopes. “Havia outras pessoas com protestos semelhantes no carro [alegórico], mas arrancaram todos”, contou. O auxiliar administrativo afirmou que no desfile oficial ele foi o único a protestar, e não foi coibido pela escola. “Na segunda-feira chegaram a ver e não fizeram nada, não reclamaram.”

Protestos

Passistas de outras escolas (Mocidade, Mangueira, Portela, Salgueiro e Beija-Flor) também exibiram cartazes de protesto. Na Mangueira, um folião atravessou a Sapucaí exibindo um cartaz onde se lia “Fora, Temer”. Durante o desfile da Beija-Flor, que também fez uma crítica social em seu enredo, o público não se manifestou contra o presidente.

Poucos políticos prestigiaram o desfile, que começou na noite deste sábado e se estendeu até domingo. O ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (MDB) desfilou com a Portela, sua escola de samba, e não chegou a falar com a imprensa. O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) assistiu ao desfile das seis escolas, e chegou a ser cumprimentado por sambistas.

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