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Na televisão, Paula Lavigne se diz vítima de ‘bullying’

Presidente do grupo Procure Saber defendeu manutenção da lei que permite proibição de biografias não autorizadas durante o programa 'Saia Justa'

Por Da Redação
16 out 2013, 23h01
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  • Paula Lavigne, presidente do grupo Procure Saber, que reúne artistas como Caetano Veloso, Roberto Carlos, Chico Buarque e Gilberto Gil, assumiu papel de vítima em sua participação no programa Saia Justa, do canal pago GNT. A empresária afirmou que o grupo está sofrendo “bullying” só por “tentar propor” uma discussão, mas repetiu que uma biografia não deve ser comercializada sem autorização – ou sem ganhos para o retratado ou seus herdeiros.

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    A participação de Paula ocupou quase todo o programa desta quarta-feira. Ao lado de Astrid Fontenelle, Maria Ribeiro, Barbara Gancia e Mônica Martelli, elenco fixo do Saia Justa, a empresária afirmou estar ali como “pessoa física” e não como porta-voz do grupo – que, frisou ela por três vezes em um discurso feito com a intenção de sensibilizar a audiência, não tem sequer assessoria de imprensa.

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    Paula não explicou a posição dos artistas de forma clara, fugindo de perguntas diretas sobre a exigência de autorização prévia para publicação de biografias, mas reafirmou que é contra o lucro exclusivo de quem escreve e publica. “Você pode fazer uma biografia, o que não pode é comercializar sem autorização”, disse.

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    A empresária defendeu o direito à privacidade acima do direito à livre expressão e ao acesso à informação e disse ser contra o fim dos artigos 20 e 21 do Código Civil, que dão base legal para a proibição de biografias não autorizadas. Mas, frequentemente, assumiu uma imagem de humildade. “Eu quero discutir, quero aprender”, repetiu. “Nós fomos acusados de censores, mas ninguém deu espaço para a gente se explicar. Estamos num conflito entre dois diretos fundamentais: o direito à liberdade de informação e expressão e o direito à privacidade”, disse ela.

    Bate-boca – A convidada bateu de frente com a jornalista Barbara Gancia, que defendeu a liberdade de expressão como “pedra fundamental” de todas as outras liberdades nas sociedades democráticas. “A democracia tem que conviver com o escracho e o deboche”, disse a jornalista, que ainda criticou a posição de Paula e do Procure Saber sobre a distinção entre a vida de artistas e de políticos. Para o grupo, estes não teriam direito de vetar biografias pois ocupam cargos públicos. “A lei brasileira não funciona direito para você e para mim. Você quer que funcione só pra você”, afirmou Barbara. “O que eu acho é que é uma irresponsabilidade a gente mexer numa coisa tão séria que é a vida privada das pessoas, sem a gente discutir”, alegou Paula.

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    O clima entre as duas ficou tenso desde que a jornalista acusou a empresária de “oportunismo” e “ganância” em sua coluna na Folha de S. Paulo. Depois de provocações indiretas no programa, Paula Lavigne questionou: “Barbara, você é gay assumida, né? Qual o nome da sua namorada?”. Após Barbara dar a resposta, Paula disse: “Ela (a namorada) não vai se sentir bem vendo eu perguntar isso. É disso que estou falando. Você não está entendendo na teoria e agora viu na prática como é ruim ter a privacidade invadida”. A jornalista rebateu: “Se você não gostou de alguma coisa que eu escrevi, chama seu pai (o advogado Arthur Lavigne) e me processa”.

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