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Museu do Ipiranga reabre, enfim, com aposta em tecnologia e acessibilidade

Instituição abre as portas na quarta-feira, 7, e aproveitou reforma para investir em ferramentas que facilitam acesso de pessoas com deficiência

Por Amanda Capuano Atualizado em 6 set 2022, 15h35 - Publicado em 6 set 2022, 08h28
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  • No dia 7 de setembro de 1895, o Museu do Ipiranga, então nomeado Museu de História Natural, foi fundado em São Paulo para ser um edifício-monumento em celebração à Independência do Brasil. Naquela época, a acessibilidade não era um tema que sensibilizava a sociedade, fazendo com que a imponência de instituições como o Ipiranga ficassem longe do alcance de pessoas com algum tipo de deficiência. Prestes a reabrir as portas neste dia 7 de setembro, exatos 127 anos após sua fundação e na data do bicentenário, o museu aproveitou a longa reforma para apostar em acessibilidade e tecnologia.

    No total, estarão disponíveis mais de 300 materiais multi-sensoriais, feitos para integrar pessoas com deficiência visual à experiência do museu. A ideia começou em 2007, quando o museu instalou materiais táteis para a interação com esse público, e se expandiu com a reforma. Feitos a partir de várias técnicas, os materiais se dividirão entre telas táteis, reproduções de metal e maquetes tridimensionais feitas a partir das obras. Em uma exposição sobre trabalho, por exemplo, machados e miniaturas de instrumentos agrícolas estão disponíveis para o toque. O famoso quadro Independência ou Morte também foi reproduzido de maneira tátil, separando os diferentes grupos presentes na obra. O objetivo é que as pessoas experimentem sensações como textura de carpetes, temperatura de objetos e cenas narrativas, com legendas em braile. 

    Espera-se ainda que as novas ferramentas sejam usadas também por aqueles sem nenhuma deficiência. “No quadro Independência ou Morte há três grupos de personagens. Demos cores diferentes para cada um deles para que quem enxerga utilize esse material tático para identificar esses grupos na pintura, enquanto as pessoas com deficiência visual se apropriam das formas com as mãos”, explica o curador Paulo Garcez. As exposições ainda contarão com legendas e textos em braille, para garantir uma compreensão mais completa da experiência, e piso adaptado para que a mobilidade de quem possui baixa ou nenhuma visão se dê com mais segurança.

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    Isso se aplica também aos recursos audiovisuais implantados. Apostando na modernidade, a instituição terá disponível uma série de telas multimídias que relatam informações históricas e curiosidades das exposições e peças presentes. “Todos eles tem tradução em libras, audiodescrição e legendas para que possam ser usados por qualquer pessoa, inclusive aquelas que não ouvem ou enxergam”, reforça Garcez. Já em relação ao acesso a pessoas com mobilidade reduzida, o museu abrirá as portas com elevadores e escada rolante disponível, e as exposições foram pensadas para que haja espaço para que cadeirantes, por exemplo, tenham o acesso adequado.” O mobiliário foi adaptado para que haja uma aproximação frontal e os cadeirantes não precisem ver uma vitrine de lado, por exemplo”, explica o curador.

    Confira a galeria:

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