Morreu nesta segunda-feira 14, Harold Bloom, maior nome da crítica literária americana, no hospital New Haven, em Connecticut, aos 89 anos. A morte foi confirmada ao jornal New York Times por Jeanne Bloom, sua esposa.
Professor na Universidade de Yale — onde deu sua última aula na quinta-feira, 10 — Bloom assinou mais de quarenta livros, nos quais empreendeu um monumental esforço de análise e compreensão da literatura ocidental, exaltando nomes como Shakespeare, Kafka e Chaucer. Figura controversa, o escritor ia contra o que chamava de “escola do ressentimento”, com duras farpas a produções literárias ou leituras críticas de clássicos com fins politicamente corretos, tão ao gosto da crítica de cunho feminista e identitária em voga entre seus pares acadêmicos contemporâneos.
Conquistou o raro feito de emplacar obras ensaísticas de notável densidade intelectual nas listas de best-sellers. Entre suas obras aclamadas está O Cânone Americano, no qual fez um estudo de doze grandes autores americanos, de Walt Whitman a William Faulkner.