Morre atriz, cantora e diretora Bibi Ferreira, aos 96 anos
Um dos maiores nomes do teatro brasileiro, atriz morreu em sua casa, no Rio de Janeiro, de parada cardíaca
Morreu nesta quarta-feira a atriz, cantora e diretora Bibi Ferreira, aos 96 anos. A informação foi confirmada pela Montenegro Talents, empresa que cuidava da carreira de Bibi. Segundo a agência, a atriz sofreu uma parada cardíaca em sua casa, no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Ela estava acompanhada da única filha, Teresa Cristina Ferreira, conhecida como Tina, fruto de seu casamento com Armando Carlos Magno, e de sua cuidadora.
O velório, aberto ao público, vai acontecer na quinta-feira 14, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, das 10 às 15 horas. Em seguida, o corpo de Bibi será cremado no Memorial do Carmo.
Filha do ator carioca Procópio Ferreira e da bailarina espanhola Aída Izquierdo Ferreira, ela estreou no palco 24 dias depois de nascer, substituindo uma boneca que fazia as vezes de bebê. Não parou mais, construindo uma rica trajetória no teatro que só se encerrou em setembro do ano passado, quando anunciou a aposentadoria por causa da saúde fragilizada.
“Nunca pensei em parar, essa palavra nunca fez parte do meu vocabulário, mas entender a vida é ser inteligente. Fui muito feliz com minha carreira. Me orgulho muito de tudo que fiz. Obrigada a todos que de alguma forma estiveram comigo, a todos que me assistiram, a todos que me acompanharam por anos e anos. Muito obrigada!”, disse, em nota publicada em suas redes sociais.
Mesmo nos últimos anos, quando já tinha enfrentado problemas de saúde, não deixou os palcos. Fez espetáculos como Bibi Ferreira Canta Repertório Sinatra e Bibi Ferreira – Por Toda a Minha Vida. Foi homenageada com um musical sobre sua trajetória, um teatro, um prêmio e também foi lembrada em um samba-enredo da escola de samba Viradouro, no Carnaval do Rio de Janeiro de 2003.
Nas redes sociais, artistas, amigos e colegas lamentaram a morte de Bibi e prestaram homenagens à atriz. “Foi-se a imensa Bibi Ferreira”, escreveu o ator e diretor Miguel Falabella. “Devo a ela meu primeiro encantamento com o palco assistindo sua perfomance em Alô Dolly quando era um menino de oito anos.“